Justiça nega nova prisão a estudante de medicina que matou advogada

Pai da criança que sobreviveu ao acidente fez pedido na Justiça

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Pai da criança que sobreviveu ao acidente fez pedido na Justiça

O juiz Carlos Alberto Garcete negou recurso que pedia a volta do estudante de medicina João Pedro Miranda à prisão preventiva. Atualmente ele cumpre prisão domiciliar com monitoramento eletrônico. O agravo foi ingressado pelo ex-companheiro da advogada Carolina Albuquerque, Douglas Barros, que tentou reverter a situação porque é pai do filho da vítima. A criança, de 3 anos, também estava no carro no dia do acidente e chegou a ficar hospitalizada.

O magistrado justificou que a investigação está em fase inicial e, por isso, ainda não cabe aos familiares fazer tal pedido e sim ao MPE-MS (Ministério Público Estadual), já que os fatos noticiados ainda são objetos de boletim de ocorrência e inquérito policial em que se apuram a materialidade do possível delito e indícios de autoria criminosa em acidente de trânsito.

“Portanto, nesta fase de investigação preliminar, não há previsão legal de recurso de eventuais familiares da vítima, por ausência de previsão legal.”

“Vale lembrar que, a despeito de existir a previsão de recurso em sentido estrito para os casos de decisão que concede fiança (CPP, art. 581, V), a legitimidade em casos tais é para o Ministério Público, para o acusado e seu defensor”, completou.

Durante as investigações foi descoberto que o estudante de medicina teria apagado remotamente os dados do celular iPhone. A polícia tenta recuperar o histórico das chamadas e ligações feitas no dia do acidente.

Segundo o delegado que cuida do caso, Geraldo Marim, os policiais e atendentes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que fizeram o socorro no dia do acidente serão chamados para depor, assim como, o irmão do estudante que estava com ele na camionete Nissan Frontier.

João Pedro Miranda de 23 anos irá ser indiciado por homicídio doloso. Ele deixou a cadeia no dia 6 deste mês, após pagar uma fiança de R$ 50 mil, e colocar uma tornozeleira eletrônica para seu monitoramento.

Ele também teve de entregar o passaporte, e sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação) foi suspensa, como também não pode deixar a cidade sem permissão e ainda terá de se apresentar mensalmente à Justiça.Justiça nega nova prisão a estudante de medicina que matou advogada

O acidente

O acidente que terminou na morte da advogada aconteceu na madrugada de quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena em frente ao Shopping Campo Grande. A advogada teria passado o sinal vermelho depois da meia noite, sendo atingida pela camionete do estudante.

Com o impacto, o carro de Carolina foi arrastado por aproximadamente 100 metros. Ela morreu no local. O filho da advogada, de 3 anos, teve fratura na clavícula e ficou quatro dias internado na Santa Casa de Campo Grande.

Após dois dias foragido, João Pedro se entregou e teria dito ao delegado que não estava bêbado e que dirigia no máximo a 70 km/h.

João Pedro afirmou que fugiu do local do acidente porque teria sido ameaçado e chamado de assassino por testemunhas que estavam no local, porém, a versão do suspeito é contestada.

 

 

 

 

 

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