Defesa emenda pedido e diz que prisão de assassino de Brunão foi ilegal
Christiano foi preso na sexta-feira (30)
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Christiano foi preso na sexta-feira (30)
A defesa de Christiano Luna de Almeida, principal suspeito de assassinar o segurança Jeferson Bruno Escobar, o Brunão, em frente a uma boate em 2011, tentou novamente a liberdade do cliente enviando uma emenda ao TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) nesta segunda-feira (3). Ele foi preso no dia 30 de junho após ser fotografado bebendo em um restaurante, desobedecendo assim as medidas cautelares que o mantinham livre.
No documento que pede a reconsideração da decisão da 2ª Vara do Tribunal do Júri, os advogados José Belga Assis Trad e Rodrigo Presa Paz, alegam que a prisão de Christiano foi ilegal, já que por lei ele tinha o direito de ser chamado para uma ‘audiência de justificação’ antes de ter o pedido de prisão decretado.
Nos novos argumentos enviados a justiça, que complementam o pedido de Habeas Corpus negado na sexta-feira (30), a defesa afirmou ainda que depois de “seis anos sem qualquer notícia de descumprimento” das medidas, o MPE (Ministério Público Estadual) pediu a prisão de Christiano sem designar a audiência, que segundo ela é obrigatória, baseado apenas em depoimentos de familiares de Brunão.
O MPE fez o pedido pela prisão preventiva do suspeito depois de depoimentos dos familiares de Brunão, que conseguiram fotografar Christiano bebendo em um restaurante do Shopping Campo Grande e de matérias vinculadas na imprensa local, denunciando o caso. A partir das informações, várias pessoas relataram nas redes sociais ter visto Almeida em situações semelhantes.
No início do texto, antes de detalhar os pedidos, os advogados chegam a citar uma fala do desembargador Dorival Moreira dos Santos, em que defende que o julgador não pode se influenciar pela imprensa. “O julgador não pode deixar se contagiar com notícias da mídia, que nem sempre são notícias verdadeiras. O julgador tem que ter o preparo e a tranquilidade para analisar todos os casos que enfrenta, com imparcialidade, buscando fazer a Justiça”.
Outro ponto abortado pelos advogados é a forma como o juiz Aluízio Pereira dos Santos se referiu ao cliente na decisão da prisão preventiva, usando excesso de linguagem e afirmando que Almeida matou ‘Brunão’. O pedido não foi respondido pelo TJ-MS.
Entenda
Parentes de ‘Brunão’ apenas esperavam a conta quando viram Christiano Luna de Almeida chegando ao restaurante, acompanhado de uma mulher. Mesmo de boné e “andado de cabeça baixa” ele foi reconhecido pela família, que esperou o suspeito pedir uma cerveja para flagrar o momento.
Respondendo pelo crime em liberdade, Christiano tem algumas determinações da justiça para permanecer solto, dentre elas a proibição de frequentar casas noturnas, bares, boates e estabelecimentos similares, a proibição de ingestão de bebida alcoólica e a obrigação de se recolher até as 22 horas.
Depois que a foto foi divulgada, novas denúncias de que o réu é frequentemente visto em festas e bares foram registrados. O flagrante do dia 22 deste mês foi enviado para o MPE-MS (Ministério Público Estadual) e, no dia seguinte, promotor de justiça responsável pelo caso, Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos entrou com novo pedido de prisão.
O crime
Jeferson Bruno Escobar, o Brunão, trabalhava como segurança na casa noturna “Valley Pub”, quando foi espancado e morto por Christiano Luna. A morte do segurança foi registrada pelo circuito de câmeras da boate. As imagens exibem Christiano, na época acadêmico de direito, sendo retirado do estabelecimento por ter passado a mão nas nádegas de um garçom por duas vezes.
O segurança, conhecido como Brunão, foi quem alertou o rapaz primeiro, dentro da boate. Lá fora, Cristhiano foi dominado pelos seguranças, mas quis ficar no local. Entre um golpe e outro, o rapaz acertou o peito da vítima com um dos pés. Brunão morreu no local, antes do atendimento.
Christiano foi preso em flagrante no dia 19 de março de 2011, e, em razão da negativa do pedido de liberdade provisória, o acusado entrou com pedido de HC, sendo a ordem concedida e ele foi solto no dia 2 de maio de 2011.
O julgamento do suspeito, no Tribunal do Júri, aconteceria em dezembro de 2012, mas foi adiado no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e até hoje não foi realizado. Em setembro de 2016, Christiano foi condenado dois anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto por agredir um homem de 28 anos em uma festa no Parque de Exposições de Campo Grande.
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