Defesa alega que lutador estava possuído quando matou engenheiro em hotel
Teólogo falou sobre o caso
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Teólogo falou sobre o caso
Além de alegar transtorno psicológico de borderline, a defesa do lutador Rafael Martinelli Queiroz chamou um teólogo para prestar depoimento e concluiu que o rapaz estava possuído no dia do crime. Rafael foi preso por matar Paulo Cezar de Oliveira em abril de 2015, em um hotel de Campo Grande, e é julgado nesta quinta-feira (27).
O teólogo Mauro Luiz Ferreira Silva, segundo tenente da reserva e especialista em psicoteologia foi questionado a respeito de acontecimentos bíblicos. Testemunha de defesa, ele chegou a ser interrompido pela acusação enquanto falava, que perguntou onde a defesa de Rafael queria chegar com aquelas declarações.
Mauro então prosseguiu e a conclusão a que chegou com as perguntas da defesa foi a de que Rafael estava possuído por algum tipo de demônio no dia em que matou Paulo Cezar. Ele chegou a afirmar que não poderia dar total certeza porque não foi testemunha ocular do crime, mas que pelos relatos, processos que leu, garantia em 80% a possessão.
Testemunhas chegaram a dizer no dia do crime que ouviram Rafael dizer que estava “possuído pelo Cavalo Branco de Exu”. A defesa, que é feita pelo advogado Juliano Quelho Ribeiro, ainda apontou que após matar o engenheiro a golpes de cadeira, Rafael arrancou dele uma corrente que tinha um crucifixo, o que seria uma forma da criatura que o possuía mostrar que tinha mais poder do que o objeto relacionado à Jesus.
O teólogo ainda deu uma explanação geral sobre a Bíblia e explicou os fatos baseado no que o psiquiatra apresentou e também na teologia. Rafael foi o último a prestar depoimento antes que o júri fizesse o intervalo para o almoço. Ele se limitou a dizer que não lembrava nada do dia do crime.
Rafael foi questionado sobre religiosidade e se acreditava que poderia estar possuído no dia do crime, mas afirmou que não. Ele contou que faz uso de medicamentos para ansiedade, perda de peso, depressão e controle de humor e confirmou que passou alguns dias sem conseguir dormir antes do crime.
O lutador de jiu-jitsu, que estava em Campo Grande para uma competição, disse que ficou sabendo do que aconteceu apenas pelas notícias que viu nos jornais e na televisão, além do que falaram para ele.
A decisão do julgamento deve sair no início da tarde desta quinta-feira.
Homicídio
Em 18 de abril de 2015, Rafael teve uma discussão com a namorada, em um dos quartos do hotel, e agrediu a jovem, que estava grávida de dois meses na época. Ela fugiu em seguida e Rafael saiu, arrombando as portas de outros quartos.
Paulo estava hospedado em um dos cômodos e foi agredido pelo lutador a golpes de cadeira, morrendo no local. A vítima estava na Capital a trabalho e o lutador tinha vindo para participar de uma competição. Rafael chegou a ser preso em flagrante e tentou fugir do cárcere.
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