Com faixas em presídio, mulheres protestam contra suspensão de visitas
Visitas estão suspensas após morte de psicóloga
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Visitas estão suspensas após morte de psicóloga
Protestos por causa da suspensão das visitas a internos de presídios federais continuam em um cabo de guerra. Nesta sexta-feira (21), aproximadamente 50 mulheres e algumas crianças estão em frente ao Presídio Federal, na Capital para protestar contra a suspensão das visitas sociais aos detentos.
Uma das manifestantes, que não quis e identificar, é moradora de Pernambuco e está com o filho de 7 anos na cidade tentando visitar o marido. Segundo ela, foi conseguido em Brasília a liberação das visitas que não está sendo cumprida.
Outra esposa de preso está morando na cidade há 4 meses depois da transferência do marido do Nordeste. “Estou com minha filha de 10 anos e não conseguimos ver meu marido. Estou passando por dificuldades em vão”, fala. De acordo com as manifestantes apenas as visitas no parlatório são permitidas.
Nesta quinta-feira (20) agentes penitenciários federais fizeram um protesto na tentativa de chamar a atenção do Ministro da Justiça, Torquato Jardim, para mudanças nas regras das visitas recebidas pelos detentos.
Em meados de janeiro deste ano, 529 presos estavam detidos nas quatro penitenciárias, que têm capacidade conjunta de abrigar 832 prisioneiros. Levantamento do Depen mostra que PCC (113) e Comando Vermelho (95) contavam com o maior número de detentos no sistema penitenciário federal entre 25 facções criminosas do país.
Suspensão das visitas
A suspensão ocorreu depois do assassinato de agentes e revelação de uma lista com outras oito mortes ‘encomendadas’ pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), dois seriam de Campo Grande. Conforme memorando do Depen, a motivação da suspensão é de que no momento do contato físico com os familiares, que os líderes das facções criminosas aproveitam para passar ordens aos comparsas que estão em liberdade.
Melissa Almeida, psicóloga do presídio federal de Catanduvas (PR), foi morta com dois tiros de fuzil na cabeça em frente a seu condomínio residencial, em Cascavel (PR). Esta primeira suspensão terminou na última semana de junho, mas foi prorrogada até o dia 28 de julho após publicação da Portaria 327/2017 do Ministério da Justiça.
Operação Epístola
Entre as justificativas da suspensão, além de citar as ordens do PCC para assassinato de agentes penitenciários, o memorando do Depen cita como caso exemplar a Operação Epístola, deflagrada no final de maio. A investigação da PF e do Depen teve como alvo um esquema comandado por Beira-Mar, que “se utilizava do direito à visita íntima de outro preso para, por meio de bilhetes, controlar e administrar uma rede de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro”.
Deflagração da Operação Epístolas apurou que o novo esquema de Beira-Mar chegou a movimentar R$ 9 milhões nos últimos 15 meses, prendeu 24 pessoas, incluindo uma irmã do traficante.
Levantamento
Em meados de janeiro deste ano, 529 presos estavam detidos nas quatro penitenciárias, que têm capacidade conjunta de abrigar 832 prisioneiros. Levantamento do Depen mostra que PCC (113) e Comando Vermelho (95) contavam com o maior número de detentos no sistema penitenciário federal entre 25 facções criminosas do país.
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