‘Zé Rico’ foi morto a facadas em bairro de Dourados em 2016

Acusados pelo assassinato do taxista Valdir Luiz da Silva, vulgo ‘Zé Rico’, de 74 anos, na tarde do dia 7 de julho de 2016, os primos Anderson Barbosa Ramos, de 18 anos e Beatriz Barbosa de Oliveira, 24 anos, foram condenados a 21 anos de prisão pelo crime. A sentença foi proferida na sexta-feira (24) pelo juiz César de Souza Lima, que está em substituição na 1ª Vara Criminal de Dourados, município distante 228 quilômetros de Campo Grande.

O magistrado julgou procedente a denúncia oferecida pelo MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), que acusava a dupla de ter matado o taxista a golpes de faca quando tentavam roubar R$ 212,00 da vítima. O crime ocorreu por volta das 15h45 do dia 7 de julho, na Rua Nilson Senatore, nas proximidades de uma movimentada universidade particular.

Segundo a denúncia, Beatriz, que completou 24 anos na quinta-feira (23), um dia antes da condenação, premeditou o crime e escolheu a vítima, para quem ligou pedindo uma corrida. No caminho, a dupla anunciou o assalto e quando o taxista tentou reagir esfaqueou a vítima, que chegou a correr em busca de ajuda, mas morreu numa calçada próxima de onde parou o carro. Eles foram presos um dia após o crime, por agentes do SIG (Serviço de Investigações Gerais) da Polícia Civil.

Para os dois acusados, que são primos, o juiz proferiu sentença condenando-os a “21 anos de reclusão e ao pagamento de 100 dias multa no valor unitário de 1/30 do salário mínimo vigente à época dos fatos”, com regime inicial fechado.

“Os réus não demonstraram atividade lícita e endereço certo, demostraram que se postos em liberdade podem por em risco a garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal, dada a extrema violência na prática do delito, sem olvidar a comoção social. Desse modo, deve-se manter a segregação cautelar dos acusados. Em caso de recurso, expeça-se guia de execução provisória”, determinou o magistrado.

Popular em Dourados, onde era conhecido como Zé Rico, o taxista Valdir Luiz da Silva atuava em um ponto na região central da cidade.  De acordo com o inquérito policial, ele foi golpeado ao menos 10 vezes, nas mãos, braços e pescoço. Mesmo ferido, correu até a frente de uma quitinete, onde pediu socorro, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada de uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).