Vítima deveria dinheiro para os suspeitos 

Três supostos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) foram presos nesta terça-feira (11) por manter um rapaz de 26 anos em cárcere privado na própria casa, no Bairro Morada Verde, em Campo Grande. Os suspeitos afirmaram que o crime aconteceu depois que eles levaram um ‘balão’ da vítima e ficaram sem receber o dinheiro de um roubo.

O caso foi descoberto durante as rondas da equipe da Força Tática do 9º Batalhão da Polícia Militar pelo bairro. Segundo o boletim de ocorrência, os policiais estranharam o nervosismo dos suspeitos quando a viatura se aproximou e por isso resolveram abordá-los, na Rua Cotovia.

Durante as buscas pessoais, um dos suspeitos jogou uma pistola calibre 380 no chão, com seis munições. Os policiais constataram que a arma era furtada de Corumbá, a 426 quilômetros de Campo Grande. Emerson Santos de Moraes, de 38 anos, Rodinick Elias da Silva, de 23 anos e Gilmar Santos Sousa, de 22 anos, foram presos.

Gilmar, que era quem estava com a arma, afirmou que a pistola era para defesa pessoal, mas enquanto os militares atendiam a ocorrência foram informados que próximo daqui um homem de 26 anos estava sendo mantido em cárcere privado por integrantes do PCC.

No endereço apontado pela denúncia os policiais encontram a possível vítima. Ela contou que às 6 da manhã três homens invadiram sua casa, cortaram a cerca elétrica e arrombaram a porta. Sob ameaças tentaram o homem a cometer um roubo a uma residência “onde havia muito dinheiro”, o que segundo ele, não chegou a acontecer. Por volta das 14 horas os suspeitos deixaram o local.

Emerson Rodinick e Gilmar foram reconhecidos como os autores do crime. Para a polícia, a versão dos três presos era de que a vítima os devia dinheiro, já que a cerca de uma semana havia sido contratada para um assalto, mas depois de cometer o crime ficou com o dinheiro em vez de entregar a eles.Após ‘levar balão’, trio do PCC é preso por manter homem em cárcere privado

Os três acabaram presos em flagrante por sequestro e cárcere privado, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e receptação e o caso é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia Civil.

Gilmar já tinha sido preso com uma pistola em outra situação, em 2013 ele foi flagrado com um carro roubado e uma AKBAL 92, calibre 380. Na época foi apontado pela polícia como o autor de uma série de assaltos na Capital.

A vítima também possui passagens pela polícia e em 2008 foi preso com uma quadrilha responsável pelo assalto a um caminhoneiro, no crime conhecido como ‘falso frete’. Ele e outros três suspeitos foram detidos depois que a polícia resgatou o caminhoneiro. Um dos comparsas do bando morreu em uma troca de tiro com os militares durante a fuga.