Suspeito de matar irmãs de MS no Japão já tinha tentando enforcar enteada de 7 anos

Mãe das vítimas disse que relacionamento do casal era conturbado

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Mãe das vítimas disse que relacionamento do casal era conturbado

O peruano suspeito de matar a irmãs campo-grandense Amarilia Maruyama Kimberli Akemi, de 27 anos, e Michele Maruyama, de 29, na cidade de Handa no Japão, é acusado de espancar com socos, e tentar enforcar a enteada, na época de sete anos.

Conforme a avó da menina, que agora tem 12 anos, as agressões aconteceram quando a primeira filha de Akemi foi morar com ela no Japão, em 2005. “Ele mau tratava a menina com socos e até tentou enforcá-la, daí a polícia japonesa interviu. Ela ficou cinco meses vivendo esse terror e depois foi levada para um abrigo, onde ficou por um ano e meio, até eu conseguir trazer ela de volta, já com nove anos”, explica Maria Aparecida Amarilha Scardin.

Akemi estava com o suspeito há quase seis anos, e segundo a mãe, o relacionamento era conturbado, e há três meses a jovem teria terminado a relação e decidido dividir o apartamento com a irmã mais velha. O término não foi bem aceito pelo peruano, que começou a cultivar um sentimento de ódio pela cunhada, atribuindo a ela o fim da relação. 

A mãe das vítimas explicou que, apesar de nunca imaginar um crime como este, sabia que o ex-genro não era uma pessoa confiável, e que poderia fazer mau a esposa, visto o histórico de agressões com enteada. “Ele fez o que fez com a filha dela, e mesmo assim ela continuou com ele, então é complicado dizer alguma coisa”, admitiu a mãe.

Com as duas filhas mortas, e o suspeito do crime preso, Maria está com atenção voltada para as netas, que ainda estão no Japão, sobre tutela do governo. “Eu estou correndo com a documentação para conseguir embarcar o mais rápido possível, porque elas estão inacessíveis lá. O governo foi muito claro, só entregam a guarda delas para mim”.

Uma prima da família, que também mora no Japão, conseguiu ver a meninas, de 3 e 5 anos, logo após o crime e relatou que a mais velha estava apavorada, e disse “eu escapei titia”, o que levou a avó a acreditar que filhas testemunharam o assassinato da mãe e da tia.

Akemi e Michele foram assassinadas no dia 31 de dezembro de 2015, no apartamento onde moravam, na cidade de Handa, no Japão. A imprensa local divulgou que as duas teriam sido estranguladas, e depois o local foi incendiado. Ainda não foi confirmado pela perícia que o segundo corpo é de Michele, mas a mãe das vítimas não tem dúvida.

“A polícia não fala nada sobre crime e disseram que só vão falar para mim. A polícia japonesa me liga diariamente, e estou aguardando uma ligação, porque teve novas informações do caso”, disse.
Maria ainda contou que após o crime, o peruano fugiu do local com o carro de Akemi, e foi encontrado na cidade de Nagoya, depois de ter batido o veículo. Ele está preso, e aguardado julgamento. “ Todas as evidencias levam a ele, pelo histórico de agressões, e tudo mais, mas eles precisam ter certeza”, finalizou.

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