Seguranças podem ter entregado localização de Rafaat aos atiradores

Hipótese é sustentada pela polícia paraguaia

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Hipótese é sustentada pela polícia paraguaia

Após análise da filmagem feita por uma câmera de segurança que flagrou o momento da execução de Jorge Rafaat Toumani, na noite de quarta-feira (16), diretor de Apoio Técnico da Polícia do Paraguai Bartolomé Báez formulou a possibilidade de seguranças terem entregado a localização dele aos atiradores.

Conforme fala do comissário Báez à rádio ABC Cardinal, “Um único veículo teria atacado guardas de Rafaat, que correram”. Para sustentar a hipótese, ainda há informação de quem nenhum segurança do empresário, apontado como narcotraficante, teria morrido no confronto.

Segundo o delegado Jarley Inácio, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, alguns seguranças teriam apenas sofrido ferimentos. A imprensa local também afirma que Rafaat foi a única vítima dos atiradores. O chefe da polícia paraguaia Báez destacou que o adiantamento da Hummer blindada em que ia Rafaat facilitou o ataque.

O comissário diz que podem ter havido informações que partiram dos seguranças de Rafaat e teriam facilitado a ação dos atiradores. Ele ainda relata que uma das camionetes utilizadas por guardas de Rafaat foi roubada no Brasil em 2015. Até o momento, há informação de nove envolvidos que foram identificados e presos, entre eles um brasileiro, do Rio de Janeiro.

Fontes locais ainda seguem com a hipótese de que o ataque tenha sido feito pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em uma disputa pelo território de fronteira entre Brasil e Paraguai, uma ‘guerra’ do narcotráfico. Execuções recentes a pessoas ligadas ao tráfico de drogas também podem ter sido de autoria da facção, conforme sustenta a polícia, mas sem ligações diretas com a morte de Jorge Rafaat.

Em Ponta Porã, Polícia Civil e Polícia Militar trabalham apenas para conter quaisquer tipos de ações semelhantes. “Fazemos as precauções necessárias. Foi um ataque no território paraguaio, apenas com reflexos no Brasil”, disse o delegado Jarley. Após a morte do empresário, lojas e um escritório dele, todos em Pedro Juan Caballero, foram atacados por homens fortemente armados.