Nenhuma hipótese está descartada, diz delegado 

Dez pessoas, entre funcionários e testemunhas foram ouvidas pelo delegado titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), Edilson dos Santos Silva, nas investigações do roubo de quatro malotes da agência do Banco do Brasil, da Avenida Afonso Pena.

De acordo com o responsável, até o momento não há informações sobre a identidade dos assaltantes, porém, a investigação segue e nenhuma hipótese está descartada, inclusive a de que os criminosos tenham tido informações privilegiadas sobre a rotina da agência e de que outras pessoas teriam dado apoio à fuga.

“Não podemos confirmar que eles tiveram a ajuda de funcionários, mas os dois sabiam o que estavam fazendo e tinham informação privilegiada. Por esse motivo, nenhuma hipótese está descartada”, explica.

Agora, a polícia vai fazer a análise das imagens de videomonitoramento apreendidas na tarde de hoje, para tentar identificar os envolvidos.

O delegado lembra que o assalto chama atenção pela tranquilidade dos homens e pelo fato de terem chegado à agência em um horário estratégico, quando os malotes levados tinham recém chegado ao banco. Ele afirma que nas imagens, é possível ver a dupla andando naturalmente. “Eles sabiam onde estava indo, tinham conhecimento da área”, conta.

Outro ponto que está sob investigação e chama a atenção é o fato de o detector de metais não ter disparado, mesmo ambos estando armados. “Eles entraram armados e na saída ainda estavam com um revólver calibre 38 que pegaram de um dos seguranças que foi rendido”, conclui.

A polícia explica que até o momento não há como estipular a quantia levada pela dupla, já segundo o delegado, os malotes seguem fechados da Central do banco para as agência agências. Agora, cabe ao Banco do Brasil fazer levantamento e divulgar o valor.

Sobre o caso

O roubo aconteceu nesta manhã, por volta das 10h. Segundo delegado, os dois homens chegaram ao local vestidos com ternos e portando crachás. “A ação toda durou de 10 a 15 minutos. Quando a dupla chegou no banco não tinha muita gente trabalhando, apenas três agentes bancários e um vigilante. Eles passaram pela porta, renderam os funcionários e trancaram eles em uma sala”, disse.

Edilson dos Santos ainda afirmou que a dupla estava com dois revólveres, mas não soube informar porque a porta giratória não detectou. “Os dois já sabiam onde estava o cofre do banco, a princípio já tinham a informação que hoje iria chegar quatro malotes com dinheiro. Os malotes ainda estavam na frente do cofre”, declarou.

Testemunharam disseram que a dupla tinha fugido a pé. Os policiais seguem procurando os suspeitos. Ainda não foi divulgada a quantia levada.