Polícia investiga se execução foi ‘justiça’ contra violência doméstica
O homem foi morto com sete tiros
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O homem foi morto com sete tiros
As investigações sobre o assassinato de Oswaldo Fábio Soto Martins, de 37 anos, nesta quarta-feira (24) no Jardim Noroeste, devem partir das denúncias de violência doméstica contra ele. Segundo o delegado Geraldo Marim Barbosa, mesmo sem suspeita sobre a autoria do crime, os desentendimentos e as passagens da vítima será o ponto de partida para a apuração.
Conforme o delegado da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, o autor do crime sabia que Oswaldo seria liberado do Centro de Triagem nesta tarde. Segundo a perícia feita no local, o suspeito disparou sete vezes contra Oswaldo e todos os tiros o atingiram.
Testemunhas contaram que o autor chegou a Rua Indianápolis em um Chevrolet Onix, parou a uma quadra do mercado onde o crime aconteceu, andou até a vítima e efetuou os disparos. Logo em seguida, andou cerca de uma quadra e entrou novamente no carro, que o aguardava.
Oswaldo correu para dentro do mercado em uma tentativa de se abrigar, mas foi baleado outras vezes e morreu no local. “Um dos disparos atravessou o braço da vítima, um ferimento de defesa, assim que ele percebeu tentou de defender e correu”, destaca o delegado. Nos próximos dias, familiares e amigos da vítima serão ouvidos pela polícia.
Reincidente
Nesta quarta-feira (24) Oswaldo saiu do Centro de Triagem para cumprir pena por violência doméstica no regime aberto. O crime pelo qual estava preso aconteceu em junho deste ano quando ele invadiu o apartamento da ex-namorada, a levou para um hotel, a estuprou e agrediu.
Na data, parentes da vítima conseguiram rastrear o hotel em que ela estava, foram até o local e chegaram a entrar em luta com o suspeito. Segundo o advogado da mulher, José Roberto Rosa, a cliente só foi liberada com a chegada da polícia no estabelecimento.
Oswaldo foi preso em flagrante e respondia por lesão corporal, estupro e ameaça. Na segunda-feira (21), o suspeito foi absolvido do estupro, já que a denúncia não foi comprovada e foi indiciado pelos outros, podendo cumprir pena no regime aberto. Em audiência, o homem chegou a falar que não tinha condições de manter relação sexual com a vítima, pois estava “muito embriagado”.
Em 2014, Oswaldo foi denunciado pela ex-mulher por agredir o filho, que é autista e a ex-sogra. O caso aconteceu em Ponta Porã, a 313 quilômetros de Campo Grande.
Na ocasião o homem foi até o restaurante da ex-mulher, com quem foi casado por mais de um ano e afirmando que levaria o filho com ele. Ele então puxou o menino para fora do estabelecimento e foi impedido pela ex-sogra, que segurou a criança.
Neste momento, o suspeito puxou o filho com força, fazendo com que ele caísse, derrubando também à avó. O menino teve ferimento na perna e a mulher nas costas. Para o Ministério Público, o homem negou as acusações, e alegou que não tinha machucado o filho.
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