PF formaliza pedido de refúgio e boliviana aguarda resposta no Brasil
Documento foi encaminhado para Brasília
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Documento foi encaminhado para Brasília
Na noite de segunda-feira (5), a Polícia Federal formalizou o pedido de refúgio de Celia Casted Monasterio, funcionária da Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia). Ela foi indiciada por negligência pela polícia boliviana, por autorizar o plano de voo do avião que caiu com a delegação da Chapecoense no dia 28 de novembro, matando 71 pessoas.
O documento foi encaminhado para Brasília e a resposta para o pedido de refúgio pode ocorrer em até um ano. Nesse período, a funcionária da Aasana pode permanecer no Brasil. Caso o pedido seja negado, ela terá de deixar o país.
Conforme o site Diário Corumbaense, ela teria apontado problemas no plano do voo que transportava a delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulantes para a cidade de Medellín, na Colômbia, em 28 de novembro. Das 76 pessoas que estavam na aeronave, 71 morreram. Celia esteve na Procuradoria da República, sediada em Corumbá, em busca de informações sobre possível refúgio no País. Ela e o advogado saíram sem falar com a imprensa e foram para a Polícia Federal formalizar o pedido de refúgio.
A Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares de Navegação Aérea da Bolívia enviou ao Ministério Público boliviano notícia-crime contra Celia por “não cumprimento de deveres” e “atentado contra a segurança dos transportes”. Ela foi suspensa de suas funções por suspeita de negligência no dia 1º de dezembro, mas garante que alertou que a quantidade de combustível era insuficiente para o tempo da viagem, estimado em 4 horas e 22 minutos.
De acordo com a assessoria de comunicação do MPF (Ministério Público Federal), a Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, em coordenação com as procuradoras Gabriela Tavares e Maria Olívia, vai solicitar aos órgãos federais competentes as medidas cabíveis, conforme as normas internacionais e o direito brasileiro. Ainda de acordo com a assessoria, na quarta-feira, dia 07, dois procuradores brasileiros participarão de reunião de trabalho com membros dos Ministérios Públicos boliviano e colombiano, para se inteirar dos trabalhos de investigação sobre o acidente do voo CP2933 da Lamia.
O acidente
A polícia metropolitana da Colômbia confirmou a morte de 76 dos 81 passageiros que estavam no avião, que levava o time da Chapecoense à Colômbia, para a disputa da final da Copa Sul-Americana.
O acidente aéreo ocorreu na madrugada desta terça-feira (29) em uma região montanhosa no noroeste colombiano. O avião perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (00h15 de MS). O SOS foi emitido entre as cidades de Ceja e Lá Unión. O avião, de matrícula CP2933, fez uma parada em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, depois de decolar do Brasil.
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