Perícia em celular deve provar se chefe pediu foto de servidora nua, diz delegada
Em diálogo pelo WhatsApp, diretor teria pedido foto íntima de servidora
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Em diálogo pelo WhatsApp, diretor teria pedido foto íntima de servidora
Perícia no aparelho celular da repórter Nilmara Caramalac, que denunciou o diretor-presidente da Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), Nelson Cintra Ribeiro, por assédio sexual, vai determinar os rumos da investigação, disse a delegada do caso, Ariene Nazareth Murad de Souza Cury.
“Ela [repórter] disponibilizou o celular para que fosse realizada a perícia. Havia uma dúvida se a perícia conseguiria, ou não, recuperar mensagens apagadas, fizemos uma consulta e agora sabemos que isso é viável, portanto, o resultado desta investigação é fundamental na definição da denúncia do suposto assédio sexual”, afirmou a delegada Ariene, titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Nos diálogos travados com a repórter, por Waths App, Cintra teria pedido fotografias íntimas dela.
Nesta segunda-feira (25), a pedido da delegada, um investigador da Deam tentava localizar a repórter para pegar o celular e levá-lo para os peritos.
De acordo com a denúncia, Nilmara disse ter sofrido assédio sexual durante uma série de reportagem que produzia para a TVE, em cidades por onde passou a tocha olímpica.
Numa das investidas do chefe da Fundtur, assegura a repórter, ele a convida para ir até um quarto, onde Nilmara e a equipe havia se hospedado, em Dourados. Noutra, por Waths App, Nelson Cintra pede à repórter uma fotografia íntima dela.
VERSÃO
Nelson Cintra não quis comentar a denúncia publicamente. Por meio do advogado, ele divulgou nota dizendo que não ia se pronunciar. O governo estadual também ficou no silêncio. Semana passada, logo depois de a repórter registrar o caso na polícia e dar entrevista ao Midiamax, o governo publicou portaria no Diário Oficial informando que Nilmara seria transferida da TVE para a Secretaria de Estado da Casa Civil. A repórter afirma que ainda não foi informada sobre essa decisão.
TESTEMUNHAS
A delegada disse ainda que deve ouvir nos próximos dias, sem precisar a data exata, cinco testemunhas do suposto crime de assédio sexual, entre os quais o ex-prefeito de Porto Murtinho. Ela informou que a agenda [de depoimentos] está lotada, mas que o caso em questão será tratado com prioridade.
O diretor-presidente da TVE, o jornalista Bosco Martins, chefe direto de Nilmara, também será convocado, sustenta a delegada. A repórter era nomeada e atuava na TV desde o início do ano.
A ideia de Ariene é, também, apurar se no dia que a repórter fora supostamente assediada havia entre ela e Cintra um vínculo hierárquico, fato relevante que pode, ou não, fortificar a questão do assédio sexual.
Do contrário, se não houver esse vínculo, o caso pode ser tratado como contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor. Nos dois casos, os crimes são classificados como infração de menor potencial ofensivo, conceito jurídico que designa os crimes de baixa relevância. Condenação aplicada a estes crimes não supera a casa dos dois anos.
VÍNCULO
De acordo com a repórter, ela e sua equipe – um motorista, um cinegrafista e um fotógrafo da Fundtur -, viajaram juntos para ao interior do Estado a mando de Nelson Cintra. Nos deslocamentos de uma cidade para outra, de carro ou avião, o ex-prefeito seguia com a equipe.
Isto é, a equipe, sustentou Nilmara, foi comandada por Cintra “o tempo todo”. O propósito do diretor-presidente da Fundtur era o de produzir matérias nos pontos turísticos das cidades visitadas pela equipe.
Depois de recusar os convites que caracterizariam assédio sexual, segundo a repórter, ela passou a ser “destradada” pelo chefe da Fundtur, na viagem.
No caminho, depois de rejeitar o convite para seguir até o quarto de hotel, disse ela, o diretor da Fundtur disparou um ligação telefônica para o diretor da TVE pedindo a demissão da repórter.
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