Ação fazia parte de um treinamento  

Agentes penitenciários realizaram na tarde desta quarta-feira (13) um no Presídio de Segurança Máxima, localizado no Jardim Noroeste, em e durante a ação, que segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) faz parte de um treinamento, três presos apresentaram comportamento de resistência e precisaram ser contidos e isolados.

Mulheres de detentos chegaram a acionar o CDDH-MS (Centro de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos Marçal de Souza Tupã) pois segundo elas, gritos de socorro e barulhos de bombas foram ouvidos vindo de dentro do presídio. Além disso, um forte cheiro de gás lacrimogêneo era sentido do lado de fora.

O diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia recebeu os advogados dos direitos humanos e explicou que há 10 dias agentes penitenciários da Dpoe (Diretoria Penitenciária de Operações Especiais) de Brasília estão em Campo Grande realizando um treinamento com 79 agentes da Capital e a ação desta quarta foi a última atividade executada durante o curso.

Stropa destaca que nesta quinta-feira (14) será realizada a formatura dos agentes que participavam do curso e para finalizar os instrutores de Brasília e os agentes treinados realizaram o pente-fino no Pavilhão 2 do presídio, local para onde são encaminhados os presos que tem ligação à facção criminosa PCC.

No total, segundo o diretor, foram vitoriadas 30 celas, mas em duas delas houve resistência de alguns presos e com isso houve um principio de confusão. Em uma das celas, dois detentos não teriam obedecido o comando dos policiais e precisaram ser retirados, em outra um preso chegou a jogar uma pedra nos policiais e foi contido. Os homens foram levados para uma cela de isolamento.

Durante a retirada dos presos para evitar qualquer motim, os agentes fizeram uso de bomba de feito moral e de gás lacrimogêneo para controle dos detentos. Stropa destaca ainda que ações nesse pavilhão são realizados apenas com o apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, mas como os instrutores fazem uso do mesmo material do batalhão, como gás de feito moral, lacrimogêneo e se necessário até bala de borracha, o pente-fino pode ser realizado hoje.

Ainda de acordo com o diretor, durante essas vistorias vários objetos, principalmente celulares são encontrados nas celas. E quanto a isso foi até questionado pela esposa de uma detento que perguntou como esses objetos conseguem passar, se as mulheres passam até por momentos constrangedores na revista. Stropa foi categórico e disse que ainda existem muitas formas dos celulares serem introduzidos no presídio, uma delas é sendo jogado pelo muro.

As mulheres também reclamaram do atendimento que recebem na guarita do presídio. Sobre isso o diretor disse que os agentes também estão participando de um curso para melhorar o atendimento ao público.