Atirador estava apontando revólver para outro gato

O fiscal da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trãnsito), Kelly Lúcio, de 43 anos, que encontrou a gata Vivi, minutos depois dela ser baleada, na madrugada da última sexta-feira (22), relata ter visto o atirador apontando o revólver para outro animal, próximo do local do crime ocorrido na Rua Inajá, no Bairro Monte Carlo em .

“Estava em casa e escutei um barulho, olhei para ver o que havia acontecido e vi um carro passando bem devagar, achei que era meu irmão, mas logo depois, escutei a gata se arrastando. Peguei a moto e consegui seguir o carro dos suspeitos e vi ele apontando a arma para outro gato”, revela.

O morador João Carlos Melli, pai da arquiteta Priscila Melli, que socorreu a vítima, disse que outros gatos foram encontrados mortos na região. Ele acredita que a morte dos animais esteja relacionada ao assassinato da gata.

“Já encontramos outros gatos mortos. Esses dias atrás uma vizinha disse que viu uma gata ferida, mas não conseguimos pegá-la. Depois que soube que o atirador estava apontando a arma para outro animal, acho que só pode ser ele”, declara.

A psicóloga Regina Mara, de 57 anos, que adotou a única cria da gata Vivi, destaca a preocupação em relação à crueldade do crime. “Uma pessoa que é capaz de  usar uma arma de fogo com fins recreativos de crueldade, amanhã vai usar quem como alvo. Vai atirar em um morador de rua, ou em qualquer pessoa que esteja passando em sua frente em um momento de ira? Não são jovens de boa índole, não posso atribuir que tinha boas intenções” frisa.

Priscila, que socorreu a gata, ressalta que as informações sobre o caso foram passadas para a polícia e que ela e os demais moradores vão cobrar Justiça. “Isso não pode ficar impune. Queremos Justiça. Vamos fazer tudo o que a lei nos permitir para que isso não fique impune ou seja esquecido”, afirma.

Moradores afirmam que as investigações estão avançando e que a polícia já pode ter identificado os trẽs jovens no carro, no entanto, não há mais detalhes sobre o caso. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax, tentou falar com o delegado da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Wilton Vilas Boas de Paula, mas não conseguiu contato.

Os moradores que socorreram a gata pedem doações para ajudar a pagar os gatos com cirurgia e internação que estão em torno de R$ 4 mil. Os interessados em ajudar podem entrar em contato por meio do telefone: (67) 8141-6889.

O crime – 

O animal estava andando pela calçada quando o condutor do veículo passou bem devagar e o passageiro colocou o braço para fora e com uma arma efetuou o disparo. O tiro acertou a coluna da gata que conseguiu se arrastar e fugir.  A gata foi socorrida, chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na noite desse sábado (23).