Mentor de latrocínios diz que ‘tem que atirar’ se vítima reage a assalto
Ele está preso com os comparsas
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Ele está preso com os comparsas
Caio Gabriel Lima de Oliveira, de 20 anos, apontado como mentor de uma série de roubos, latrocínio e tentativa de latrocínio na Capital, está preso com os comparsas, Wesley Henrique da Silva Lima e Moisés Gonçalves Pegado, ambos de 19 anos. Outro envolvido nos crimes, Elisson da Silva Crisanto de Souza, morreu em confronto com a polícia no dia 30 de junho.
Após ser preso e depois solto pela Justiça algumas vezes, Caio irá cumprir pena pelos crimes de latrocínio – roubo seguido de morte – e latrocínio na forma tentada, assim como os comparsas. Ele é de Corumbá, cidade que fica a 444 quilômetros da Capital, e chegou em Campo Grande no início de junho, quando começou a articular uma série de crimes com os amigos.
Caio morava no Dom Antônio Barbosa, na casa de amigos, e, apontado como mentor dos crimes, é frio e não se mostra arrependido. “Se precisar, tem que atirar. De preferência não matar, mas se a vítima reagir tem que atirar mesmo”, disse o rapaz de apenas 20 anos, que já tem na ficha criminal uma série de roubos. Ele esteve envolvido na morte de um militar do Exército no dia 23 de junho e no esfaqueamento do sobrinho de um policial militar, no mesmo dia, em tentativas de roubo.
Prisões e crimes
Conforme os delegados Carlos Delano e Reginaldo Salomão, da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), que comandaram a investigação das duas tentativas de latrocínio e um latrocínio consumado, Caio foi preso três vezes. Ele foi detido após a morte do militar Elton Cezar Roveri da Conceição, de 21 anos, e acabou solto pela Justiça.
Depois, ele foi preso em casa novamente pelos investigadores da Derf, e mais uma vez solto pela Justiça. Caio voltou para Corumbá e lá, onde já tem passagens por pelo menos 10 roubos, se apresentou à polícia e acabou preso por mandado de prisão que estava em aberto. Agora ele deve, finalmente, cumprir pena no presídio.
Os três crimes foram registrados no dia 23 e em apenas um deles Caio não participou. No início da manhã, Elisson e Wesley assaltaram um idoso de 61 anos em um ponto de ônibus na região do Jardim Santa Emília. A vítima entregou dois celulares e não reagiu, mas como os aparelhos eram antigos, os bandidos atiraram três vezes, atingindo a cabeça da vítima de raspão.
Já no período da noite, Moisés, Caio e Wesley assaltaram um rapaz de 20 anos, sobrinho de um policial militar, que também não reagiu ao roubo, mas foi esfaqueado no abdômen. Ele pediu ajuda em uma loja, foi socorrido, passou por cirurgia e o estado de saúde é delicado. Na mesma noite, os criminosos mataram Elton, militar do Exército.
Elton estava com a namorada na frente da casa de um amigo, quando Moisés e Caio chegaram anunciando o assalto. O rapaz foi o único que não entregou o celular e teria reagido, então Moisés atirou várias vezes, atingindo Elton na cabeça, tórax, virilha e glúteo. O militar foi socorrido e levado ao Hospital Regional, mas não resistiu e morreu.
Elisson, que participou do primeiro crime no dia, morreu em confronto com o Batalhão de Choque. Os outros criminosos responderão por latrocínio e tentativa de latrocínio.
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