Jovem teria usado remédio do Paraguai para fazer aborto escondido da família

Mãe não sabia da gravidez

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Mãe não sabia da gravidez

Helemary Fátima dos Reis, de 52 anos, recebeu hoje a pior notícia que uma mãe pode ter, a morte de um filho. Nesta terça-feira (6), ela teria recebido um telefonema da amiga da filha, Aline Franco, de 26 anos, avisando que a jovem teria morrido em decorrência de uma queda.

Mas, a história acabou tomando outro rumo quando a mãe, ao ver o corpo da filha, percebeu que não tinha lesões aparentes na cabeça, que justificassem a morte da jovem, mãe de duas crianças, de 11 e 6 anos.

Helemary disse à equipe de reportagem do Jornal Midiamax que a amiga da filha, identificada como Simone, teria ligado para ela dizendo que Aline tinha passado mal, caído e batido a cabeça no chão, sendo levada para o hospital da cidade de Porto Murtinho. Aline teria dito à mãe que ia até a cidade para levar roupas para essa amiga.

A situação foi contada para a mãe de forma bastante diferente por outra amiga, não identificada, também num telefonema. Segundo a versão dela, Aline foi a Porto Murtinho para se encontrar com Simone e fazer um aborto caseiro, pois estava grávida de dois meses. Simone teria dado vários comprimidos de Cytotec, um remédio abortivo, para a jovem que acabou passando mal. Esse medicamento teria vindo do Paraguai, que fica fronteiriço a Porto Murtinho.

A jovem seria transferida de lá para Campo Grande, mas ao passar por Jardim acabou morrendo e foi deixada no hospital da cidade. Para liberar o corpo, a amiga teria ido até um cartório de Jardim e contatado a história da queda ao tabelião, que assinou o atestado de óbito de Aline, como insuficiência respiratória e traumatismo crânio encefálico.

Com a chegada do corpo da filha para o velório, Helemary desconfiou e foi até a polícia para registar boletim de ocorrência. A polícia interrompeu o velório da jovem e o corpo levado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para a realização de exames que comprovem a causa da morte de Aline.

“Isto é um alerta para outras mulheres não correrem este risco. E espero que a polícia chegue a uma conclusão do caso da minha filha”, afirma Helemary.

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