Programa da é responsável para consultas e registros

 

O Sistema Integrado de Gestão Operacional (Sigo) tem apresentado instabilidade nos últimos dias, afetando o trabalho nas delegacias e do público em geral pois as ocorrências que poderiam ser registradas através da Delegacia Virtual (Devir) só estariam sendo registradas pessoalmente nas delegacias.

O serviço interno também chegou a ser prejudicado uma vez que os policiais não conseguiam consultar a ficha criminal dos envolvidos nas ocorrências, impedindo assim de verificar se estavam envolvidos em outras ocorrências ou até mesmo se estavam com mandado de prisão em aberto.

A situação ainda persiste e para concluir uma ocorrência, os delegados são obrigados a utilizar o programa Word, impedindo a verificação online da situação dos envolvidos nas ocorrências.

Na semana passada, imprensa e Ministério Público estavam com o acesso ao Sigo bloqueado, mas aos poucos o sistema foi normalizado. Chegou-se a comentar que o problema teria sido uma retaliação por parte da empresa responsável pela administração do programa (SGI) que estaria em negociação com o Governo do Estado para a renovação do contrato.Instabilidade no Sigo estaria sendo causada por manutenção no sistema

Funcionários da empresa, que pediram para não ser identificados, não acreditam em retaliações, e alegam que o problema pode ter sido causado por manutenção no sistema.

Além disso a mudança no comando da Secretaria de Justiça e Segurança Pública também poderia ter influenciado no funcionamento do programa.

“Sempre que há uma mudança no comando da Secretaria, acontece a instabilidade, pois cada um quer marcar o seu perfil e acaba interferindo, mas aos poucos as coisas vão se encaixando”, afirmou um dos funcionários.

O Sigo, que tem 19 anos de implantação e cerca de 16 mil usuários é acessado por todas as forças de segurança que se utilizam de seus dados para checagem de suspeitos e elaboração dos Boletins de Ocorrência. “As polícias civil e militar, Ministério Público, Imprensa e até mesmo Exército e Marinha estão capacitados para acessar o Sigo e estas falhas que surgem podem ser decorrentes do excesso de acesso. Mas assim que as falhas surgem, é feito um trabalho para que a correção aconteça o mais rápido possível” afirmou o funcionário.