Indignado com prisão de PMs, presidente de conselho pede soltura ao governo
Policiais são acusados de agredir adolescente durante abordagem
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Policiais são acusados de agredir adolescente durante abordagem
Após a prisão dos três policiais militares, lotados no 1º Batalhão da Polícia Militar de Campo Grande, o Conselho de Segurança da Área Central saiu em defesa dos agentes de segurança, que foram para a cadeia sob suspeita de exagerar na ação em que um adolescente foi apreendido. Para a entidade, a versão de ter sido agredido, apresentada pelo menor, é totalmente inverídica e a prisão dos policiais significa uma afronta à segurança pública. Um pedido soltura dos militares está sendo encaminhado para o governo estadual.
De acordo com o presidente do Conselho e diretor da Associação Comercial, Adelaido Vila, populares da região estão indignados com o que aconteceu com os policiais. “A equipe presa é uma das melhores e tem garantido a segurança da região da Júlio de Castilho. Logo após a prisão, testemunhas que acompanharam o trabalho da polícia, seguiram até a ouvidoria para esclarecer os fatos, mas ninguém sequer foi ouvido”, aponta.
Vila ressalta o histórico do menor e diz que bastaria o depoimento das testemunhas para tudo se resolver. “Ouvi vários relatos sobre a ação dos policiais e todas contrariam o que ele disse. Não toleramos excessos, mas o que aconteceu foi simplesmente uma abordagem normal e acatada de forma exagerada pela Ouvidoria. O menino tem três passagens e o histórico do pai, com sete passagens, é pior ainda. O rapaz foi abordado e solto, depois apareceu com marcas afirmando ter sido agredido. Tem indícios de mentira na história e está mais do que claro que a prisão dos policiais foi descabida”.
O Conselho comunicou ainda que vai procurar o Secretário de Segurança Publica, Sílvio Cesar Maluf, e a governadora em exercício, Rose Modesto, pedindo imediata intervenção para esclarecimento dos fatos, e providências no sentido de se evitar novas prisões como esta.
Em nota, o Comando-Geral da Polícia Militar informou que “remeteu os Autos do Flagrante lavrado ao Juiz competente, que após análise, decidirá sobre o relaxamento da prisão ou não, e um Inquérito Policial Militar foi aberto para, minuciosamente, apurar todas as elementares envolvidas na ocorrência”.
O caso
Uma viatura da PM fazia rondas na tarde de terça-feira, quando abordou dois rapazes em uma motocicleta, em atitude suspeita. Segundo relatado no processo, o passageiro, um garoto de aproximadamente 15 anos, que já tem passagens por furto, desceu do veículo enquanto o piloto da moto fugiu. De acordo com a Corregedoria, a viatura foi atrás do motociclista, não conseguiu alcançá-lo e então retornou e abordou novamente o adolescente.
Na abordagem, os policiais teriam levado o jovem até um local ermo e tentado obrigar o adolescente a revelar o paradeiro do comparsa. Em relato à corregedoria, o menor afirmou que sofreu agressões por três dos quatro militares que estavam na viatura, sendo pressionado a dizer o endereço do rapaz que pilotava a motocicleta. O garoto então passou o endereço da própria casa, foi colocado na viatura e levado ao local, uma residência no Jardim Imá, região oeste da Capital.
Conforme informado pela família do adolescente, após perder a viatura de vista, o pai ligou para o 190, contando a situação, momento em que a Corregedoria da PMMS foi acionada e o caso reportado. Algum tempo depois, o garoto, que foi deixado nas proximidades do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), voltou para casa e foi até a Corregedoria acompanhado do pai.
A princípio, os policiais negaram a ação, mas acabaram presos por conta do depoimento da vítima e de testemunhas. O caso segue em investigação pela Corregedoria e também agora por parte do Judiciário e será apurado se houve ou não exagero por parte dos policiais.
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