Guardas municipais criam ‘irmandade’, reclamam de concurso e do militarismo

Irmandade ainda reclama de suposto déficit salarial

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Irmandade ainda reclama de suposto déficit salarial

Um grupo de guardas municipais de Campo Grande que se batizou como ‘uma irmandade’ foi até a Câmara Municipal, nesta terça-feira (23), protestar contra a militarização da instituição. Eles não querem ser comandados por militares e criticam ainda a obrigação de novo concurso para patrulheiro.

​Nelson Benites, representante do departamento jurídico da ‘irmandade’, diz que eles querem apoio dos vereadores para pedir a desmilitarização. “Não queremos ser comandados militar. Já tivemos cinco comandos de militares e até o momento não houve nenhum beneficio”, argumenta.

Outro problema, segundo ele, á abertura de um concurso de patrulheiro, que todos serão obrigados a prestar. “Não vejo sentido nisso, a Prefeitura está obrigando a gente a fazer. Já somos concursados como guarda municipais, e não há nada no edital que diz sobre o uso de armas. É para exercer a mesma função que já fazemos como guarda municipal”, critica.

Irmandade ainda reclama de suposto déficit salarial. 

Ele ainda afirma que quem se nega a fazer o concurso é remanejado a ponto distantes da cidade sem explicação alguma.

A irmandade ainda reclama de suposto déficit salarial. “Estamos com um déficit de R$ 1,2 mil. Não pagam por risco de morte, nem por desgaste físico. O único adicional que recebemos é o noturno, e incompleto”, diz, afirmando que eles cumprem 12 horas, ma são obrigados a assinar por 9 horas na folha de frequência.

Prefeitura

Em relação ao protesto feito hoje na Câmara, a Prefeitura alega que a Irmandade da Guarda Municipal não é reconhecida como sindicato pelo Executivo Municipal . Afirma ainda que a referida Irmandade entrou em contato extra-oficial com a Semsp (Secretaria Municipal de Segurança Pública) e foi pedido para que eles levassem um estatuto, um CNPJ registrado em cartório para que fosse reconhecido como um sindicato, no entanto, não houve nenhuma procura por parte da Irmandade para formalizar isso.

Com relação a alegação de serem comandados por militares, a Prefeitura afirma que o fato é inverídico, já que a Guarda Municipal já foi comandada por delegados e policias federais.

Sobre o processo seletivo, explica que foi aberto para toda a população em dezembro e publicado em diário oficial, onde a pessoa iria passar por cinco módulos, sendo que o último é o de tiro e além disso tinha que ter antecedentes criminais e muitos foram reprovados. Esse grupo entrou com seis processos para impedir esse processo seletivo nas Quatro Varas de fazenda Pública e todos os pedidos foram negados pela Justiça. Ainda entraram com uma liminar que também foi indeferida.

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