Grupo de turistas denuncia prisão ilegal e exorsão por policiais paraguaios
Os policiais teriam pedido R$ 12 mil para as vítimas
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Os policiais teriam pedido R$ 12 mil para as vítimas
O que era para ser uma viagem a passeio se transformou em pesadelo para um grupo de quatro brasileiros. Ao visitarem Pedro Juan Caballero, cidade Paraguai que faz fronteira com o Mato Grosso do Sul, os turistas foram presos e extorquidos pela polícia local, por “não terem autorização para estar em território paraguaio”.
O caso foi divulgado pelo site Jornal Regional nesta quarta-feira (18). Segundo a matéria o grupo de Várzea Grande (MT) foi até a cidade da fronteira pela primeira vez para fazer compras de produtos de inverno, visitar os familiares de uma dos integrantes do grupo e comemorar o dia das Mães no Paraguai.
Eles chagaram na cidade do dia 13 de maio e iram embora nesta terça-feira (17), mas durante um passeio pela periferia de Pedro Juan, na tarde de segunda-feira (16), foram surpreendidos por uma equipe do setor de investigações da Polícia Nacional.
Os policiais verificaram toda a documentação pessoal e do veículo, Toyota Corolla, placas HLS-0909, de Várzea Grande (MT) e afirmaram para os turistas que eles não tinham autorização para estar em território paraguaio, que o veículo apresentava problemas na documentação e também possuía irregularidades com a numeração do chassi.
Rodrigo Estevan, Ricardo Pereira Gonçalves, Gilson Santos e Jaqueline Martins, foram levados para a sede do serviço de investigações e lá, segundo eles, foram extorquidos. Para liberarem os ‘suspeitos’, os policiais cobraram R$ 12 mil, já que se o caso fosse encaminhado para o poder judiciário o problema seria ‘maior’.
Segundo o relato das vítimas, como não tinham o dinheiro, os policiais reduziram o valor e pediram R$ 7 mil, mas o grupo continuou afirmando não possuía esse valor. “Se tivéssemos esse dinheiro, não estaríamos aqui para fazer compras, não temos nada contra nós, nossa documentação está certa, do carro também, enfim, não cometemos nenhum delito e estamos aqui, presos”, disse Geilson Santos.
O advogado Emerson Dutra, que faz a defesa dos turistas, relatou que a alegação da polícia era que a numeração do chassi do veículo estava adulterada, porém, a perícia foi feita pelos próprios policiais que extorquiram o grupo.
Depois de o caso vir átona, depois da denuncia das vítimas para uma equipe da imprensa local, peritos da Procuradoria Geral do Estado (Fiscalía General del Estado), refizeram a vistoria e não encontraram nenhuma alteração.
A equipe jornal local ainda entrou em contato com o chefe do Detran-MS em Ponta Porã, Roberto Carlos Ferreira, para fazer a consulta do veículo e constatou que a situação era regular para circulação, apenas com multa verificada no sistema de informações.
O caso chegou ao conhecimento do senador paraguaio Robert Acevedo que imediatamente tomou providências. Depois de serem ouvidos novamente na procuradoria, os turistas foram soltos na tarde desta quarta-feira (18).
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