Funcionário de cartório recebia R$ 10 mil por documento falsificado
Envolvidos no esquema não estão presos
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Envolvidos no esquema não estão presos
A Operação Falsário, que resultou na apreensão de documentos em uma casa na Capital nesta manhã (26), teve início em 2014. O grupo criminoso falsificava certidões de nascimento a partir de um funcionário do cartório de Areado, distrito de São Gabriel do Oeste.
Os delegados Glauber Fonseca de Carvalho Araújo, da Polícia Federal de Ponta Porã, e Cleo Mazzotti, delegado regional de combate ao crime organizado, esclareceram que as investigações tiveram início em 2014, em Ponta Porã. Na época, um homem procurou a Delegacia de Polícia Federal para tirar um passaporte e disse que era nascido em Pequim, na China, mas tinha nacionalidade Palestina.
Ele levou até a delegacia um certidão de nascimento que parecia ser legítima, mas os dados não constavam nos registros do cartório e ele acabou detido em flagrante por uso de documento falso. Ele foi solto tempos depois e esclareceu a situação para a polícia, que de início às investigações.
O responsável pela fraude de certidões de nascimento é um funcionário do cartório de Areado. Ele teria falsificado documentos para a mãe, o pai e o irmão, mas há possibilidade de existirem outros beneficiados pelo esquema criminoso. Cada documento era emitido após o pagamento de R$ 10 mil e depósitos bancários indicam que outras pessoas também pagaram pelos documentos falsos.
Os alvos da operação são brasileiros que intermediavam as negociações e o funcionário do cartório. Entre os investigados está um morador da Vila Bandeirantes, em Campo Grande. A casa dele foi vistoriada nesta terça-feira e os policiais federais deixaram o local com vários documentos apreendidos.
As pessoas que obtinham a certidão de nascimento falsificada conseguiam tirar outros documentos, como RG e CPF. As investigações continuam e os envolvidos devem responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, associação criminosa e uso de documento falso. Há ainda a suspeita de que os documentos falsos eram usados para introduzir refugiados no país.
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