A dupla foi presa em Santo Expedito, mas foi liberada pouco depois 

Na noite do dia 29 de dezembro uma família da Vila Neusa passou por momentos de terror, um trio de assaltantes armados invadiu a residência em que ela morava, rendeu, ameaçou e por fim a deixou em um quarto por cerca de uma hora. Pouco menos de dois dias depois, as vítimas viram dois dos assaltantes serem presos e liberados.

O caso não só indignou a família, como também a deixou a mercê do medo e da impunidade. “A todo o momento eles pediam dinheiro, nos ameaçava de morte. Eles queriam amarrar minha família, mas mantive a calma e negocie com eles para não precisar disso, depois o trio colocou a gente em um quarto e esperamos uma hora para poder sair de casa”, descreve.

Segundo o pai de família, logo após o crime equipes do Batalhão de Choque a Polícia Militar passaram a realizar diligências para encontrar os suspeitos.

Poucas horas depois, os bandidos foram identificados e na madrugada do dia 31 de dezembro, o carro da família, um Honda Fit que foi levado da casa junto com celulares e jóias, foi encontrado abandonado no Parque Novos Estados.

Denúncias de que envolvidos no crime haviam fugido para Santo Expedito, interior de São Paulo, chegaram ao conhecimento dos policiais do batalhão que entraram em contato com a Polícia Militar de São Paulo. Lá, na cidade que fica a 500 quilômetros de , a dupla foi presa com celulares e jóias das vítimas.

Por não estarem em situação do flagrante, os homens foram ouvidos e liberados, mesmo confessando o crime. “Todas as minhas coisas estão com ele, como não foi flagrante? Qual é o critério? Ficamos a mercê dos bandidos. Ficamos com medo, nem voltamos para casa, nem sei se vamos voltar”, lamenta a vítima, que não quis se identificar por medo de retaliação.

O homem contou para a equipe do Jornal Midiamax que assim que os militares souberam da prisão pediram autorização para ir buscar os presos, mas o pedido não foi autorizado pelo Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

A Defurv (Delegacia Especializada em Furtos e Roubos de Veículos) que irá investigar o caso também tentou pedir a prisão preventiva da dupla em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, mas não obteve sucesso.

“Os policiais do Batalhão de Choque foram atrás, conseguiram achar, mas a burocracia que não deixa prender quem tem que ser preso. A sociedade não pode ficar assim a impunidade acaba com a segurança das pessoas, tem que punir quem merece ser punido”, defende a vítima.

Segundo informações repassadas para a imprensa, o grupo também é responsável por outros roubos na Capital e a polícia contínua as buscas pelos outros envolvidos no crime.