Ela conseguiu escapar do sequestrador

Na noite de sexta-feira (23), por volta das 22 horas, estudante de enfermagem de 21 anos foi vítima de quando saía da faculdade, localizada na Avenida Gury Marques. O bandido estrangulou a jovem duas vezes e ela chegou a desmaiar, mas conseguiu fugir e o carro foi encontrado abandonado horas depois.

Segundo relato da vítima, ela saía da faculdade em direção ao carro, um Gol prata, que estava estacionado na Avenida Gury Marques. Assim que entrou no veículo ela foi abordada por um homem que a rendeu e tomou a direção do carro, colocando a estudante no banco do passageiro.

O assaltante começou a andar com a vítima pela região e, segundo a jovem, em determinado momento o homem a estrangulou, fazendo com que ela desmaiasse. Quando recuperou a consciência, o bandido a estrangulou e ela 

novamente desmaiou. Na terceira vez, ele tentou a estrangular mais uma vez a vítima, mas desistiu e parou o carro.

O suspeito estacionou nas proximidades de um condomínio de prédios localizados na Avenida Interlagos, em uma rua sem saída. Ele ordenou que a vítima descesse e abrisse o porta-malas, mas ela conseguiu correr e gritou por socorro. A jovem foi até uma casa e gritou, pedindo ajuda, então o bandido fugiu com o Gol.

Moradores da região ajudaram a vítima, a levaram para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga e avisaram a família dela. Ao Jornal Midiamax, a estudante contou que antes de ser estrangulada pelo bandido chegou a orar por ele. Enquanto orava, o suspeito ainda disse pra ela “Que Deus que nada, você vai pro inferno comigo”.

Horas depois o carro foi encontrado abandonado no pátio de um posto de combustível, nas proximidades da faculdade. Imagens das câmeras de segurança foram analisadas pela polícia e a vítima reconheceu o bandido como o homem que deixou o carro no local e fugiu a pé, em seguida. Ele levou apenas o celular da vítima e dinheiro que estavam no veículo.

A jovem ficou com marcas do estrangulamento no pescoço e segundo ela o assaltante fazia menção de estar armado, mas ela acha que ele não portava qualquer arma. Além disso ele cheirava a cigarro, mas não aparentava estar sob efeito de álcool. Foram registrados dois boletins de ocorrência na Depac, pelo roubo e também pelo achado do veículo.

Roubos frequentes

Conforme a estudante, são rotineiros os roubos nas proximidades da universidade. No último semestre, alunos chegaram a pedir providências pra a coordenação e, nos primeiros dias após a reclamação, eles viram equipes da Polícia Militar na região. “Mas foi só no começo, agora já não tem mais”, contou a jovem.

Ela ainda lembra que já sofreu tentativa de assalto na porta da faculdade outra vez, quando chegava ao local de ônibus. A estudante contou que foi abordada por um adolescente e agredida, mas que um popular a ajudou e o jovem acabou apreendido. Ela também já presenciou outra estudante ser assaltada no ponto de ônibus na frente da faculdade. “Pagamos caro, é um lugar movimentado e ainda assim acontecem esses roubos lá”, disse a jovem.