Demora no parto pode ter causado morte de recém-nascido no HU

Bebê morreu na UTI

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Bebê morreu na UTI

Uma mulher de 39 anos procurou a delegacia após perder o filho no Hospital Universitário em Campo Grande. Consta no boletim de ocorrência que o menino teria morrido com líquido no pulmão que ingeriu por causa da demora durante a espera por um parto normal.

Ela disse que procurou a maternidade do Hospital Universitário no início da manhã de sexta-feira (3) por causa de sangramentos e fortes dores na barriga. No hospital, a mulher ficou no local por estar em trabalho de parto.

Consta no boletim de ocorrência, que por volta das 11h20 a bolsa da grávida rompeu-se e ela continuou no hospital até a noite. Uma médica teria lhe dito pra ficar em jejum até o sábado (4), pois seria submetida a uma cesariana.

Após a troca de plantão no sábado, outra médica, segundo a mulher, disse que seria feito um parto comum. Também conta no boletim de ocorrência que ela sentiu várias dores, e, ainda no sábado por volta das 13 horas, a médica aplicou um remédio para aliviar a dor do parto.

Por volta das 15h15, a mesma médica fez um corte na região genitália da grávida para tentar puxar o bebê.  Ao nascer, ela e seu marido perceberam que o recém-nascido estava todo roxo e com muita dificuldade para respirar.

O bebê então foi encaminhado diretamente para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e permaneceu lá até às 8 horas do domingo (5). A pediatra disse para a mãe que o estado do bebê era gravíssimo, pois havia entrado muita água em seu pulmão, que engoliu por “causa da morosidade do parto”, consta no boletim de ocorrência.

A mulher de 39 anos ficou sabendo que o filho morreu por volta das 20 horas do domingo (5), e o motivo foi a água no pulmão, segundo o boletim de ocorrência. Ela também disse na delegacia que sofreu constrangimentos no hospital e um deles, segundo a mulher, foi o fato de uma médica ter a levado a um banheiro junto com outros quatro pessoas.

No banheiro,  deixaram a mãe em baixo da ducha aberta, sentada em uma espécie de banqueta onde forçava a saída do bebê, porém tal procedimento não teve sucesso. Ela também informou no boletim de ocorrência que continua com dores e sangramento. O caso foi registrado como morte a esclarecer na Depac Centro.

Conteúdos relacionados