Crianças negam tortura e afirmam que menino apanhava por ser ‘atentado’
Testemunhas são ouvidas na 7ª Vara Criminal
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Testemunhas são ouvidas na 7ª Vara Criminal
As primas do menino de 4 anos resgatado em fevereiro deste ano depois de ser torturado pela família adotiva em rituais de magia negra, alegaram que o primo apanhava por ser muito ‘atentado’ e que não havia tortura. Para a psicóloga as meninas contaram que eram obrigadas a ver os rituais e ainda negaram que eram deixadas sozinhas em casa.
Os detalhes do depoimento foram repassados pelo advogado Marcos Ivan, responsável pela defesa da avó adotiva do menino, ao fim da conversa com as crianças, que durou cerca de três horas. Segundo ele, as meninas afirmaram que viam a mãe bater no primo, mas que as agressões eram para corrigir o comportamento da criança.
Em momento nenhum as crianças confirmaram as torturas as quais o primo era submetido. Nas palavras delas, a mãe as obrigava a assistir os rituais de magia negra, mas elas não presenciavam nenhum tipo de tortura. Para o advogado, o depoimento das irmãs não modificou em nada o que ele defendia: que a mãe da tia-avó do menino não participava das agressões.
Durante as investigações, o tio-avô do menino e o primo dele, de 18 anos, afirmaram para a polícia que a mulher era a mentora do crime. “Existe um vídeo dos rituais no celular da menina mais velha que prova que ela [avó adotiva do menino] não estava no local”, reforçou o advogado.
Quando a denúncia de abandono, as irmãs de 9 e 12 anos afirmaram que não ficavam sozinhas em casa, mas sempre com um responsável. Na ausência dos pais, um tio ou um primo ficavam com as crianças. Testemunhas de defesa e acusação, além dos suspeitos são ouvidos na 7ª Vara Criminal de Campo Grande.(Matéria editada às 17h49 para correção de informações)
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