Cliente não paga programa, corta travesti e tem carro depredado no centro

Caso terminou na delegacia

Por volta das 4 horas desta quarta-feira (17), confusão envolvendo duas travestis, de 22 e 24 anos, e um cliente, de 21 anos, terminou na delegacia. O rapaz de 21 anos é acusado pelas vítimas de se recusar a pagar o programa e ainda feri-las com um estilete. O caso ocorreu no centro da Capital, na Avenida Calógeras, esquina com a Rua Quinze de Novembro.

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, equipe da Polícia Militar foi acionada, por volta das 4 horas, para ir até o cruzamento da Calógeras com a Quinze de Novembro, atender ocorrência de lesão corporal. Conforme denúncia, uma pessoa havia sofrido ferimentos por arma branca.

Conforme depoimento da vítima aos policiais, ela havia feito ‘programa’ com o rapaz, mas na hora do pagamento ele disse “Desce do carro, não vou te pagar”. A vítima afirma que o jovem de 21 anos ainda pegou um estilete, momento em que os dois entraram em luta corporal dentro do veículo. Ainda segundo a vítima, ela e o rapaz sofreram ferimentos nas mãos durante a briga e ela acabou saindo do carro, mas a bolsa com dinheiro e celular ficou no veículo.

De acordo com os policiais militares, eles ainda receberam a informação de que haveria outra vítima, que estava na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino. No local, os policiais encontraram a travesti Luana, de 22 anos.

Ela informou que o rapaz de 21 anos a chamou e os dois deram uma volta no quarteirão, mas ele recusou o programa. A vítima conta que, quando desceu do veículo, tentou tirar satisfação, mas o jovem acabou a ferindo com o estilete, cortando braço e perna da vítima.

Segundo a polícia, Luana levou 12 pontos no local do corte no braço. Ainda conforme depoimento da vítima, no momento em que foi ferida, populares foram até o autor do crime e depredaram o carro. Conforme a Polícia Civil, o estilete usado pelo rapaz para ferir as vítimas é usado por ele no local de serviço, pois o jovem trabalha com envelopamento de veículos.

O caso deve ser registrado como lesão corporal dolosa, quando há intenção.