Caso de jovem inocente que morreu em ação policial completa dois meses de investigação

Polícia aguarda confronto de provas periciais com depoimento de testemunhas  

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Polícia aguarda confronto de provas periciais com depoimento de testemunhas  

Nesta quarta-feira (24), completam exatos dois meses da intervenção policial que resultou na morte do funileiro Wendell Lucas dos Santos, de 23 anos. Mesmo com este intervalo, o caso ainda segue sob investigação da Polícia Civil e ainda não há resposta conclusiva sobre o resultado do exame de balística que definiria de qual arma saiu o tiro que acertou o jovem.

De acordo com o delegado Marcio Shiro Obara, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), o inquérito ainda não foi concluído por se tratar de um caso bastante complexo. “Ainda falta fazer análise dos laudos periciais, e confronto dessas provas com o depoimento das testemunhas. Alguns laudos demoraram para chegar e precisam ser devidamente analisados. Sem esta análise não posso apontar a arma”, explicou.

O delegado explica que a principal testemunha do crime é a namorada da vítima e ela ainda não foi ouvida. “Teve questões psicológicas envolvidas e o depoimento desta menina será fundamental na conclusão do inquérito. Não posso afirmar data, apenas que a investigação segue em andamento. Além das provas periciais, novos depoimentos precisam ser colhidos”, acrescentou.

Parte da investigação está a cargo da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos). Segundo o delegado Carlos Delano, a delegacia é responsável pela investigação do crime de roubo, que integra a ocorrência. “A ação policial e as mortes são investigadas pela DEH. Recebi alguns laudos e repassei para a delegacia responsável. Não posso confirmar sobre resultado do exame de balística”, explicou.

O caso

Wendell Lucas foi atingido por um tiro na nuca, quando passava em frente a uma conveniência localizada na Avenida Coronel Antonino, em Campo Grande. O caso ocorreu na véspera de natal, quando o jovem seguia para uma festa da família. Ele morreu no dia seguinte.

Conforme as informações do boletim de ocorrência, ao passar pela rua, um policial militar à paisana percebeu que em frente à conveniência uma mulher estava sendo assaltada. Ele parou e abordou o bandido, que, conforme o relato, fez menção de sacar a arma.

Em reação, o policial disparou e matou o assaltante, identificado como Fernando Trindade Gonçalves. Um comparsa estaria envolvido no assalto, mas conseguiu fugir. Wendell passava pelo local de carro, e acabou atingido por um dos disparos. Ele seguia junto com a namorada para uma festa de família.

Na Polícia Civil, o caso foi registrado como homicídio simples, lesão corporal culposa, roubo majorado pelo concurso de pessoas e roubo majorado pelo emprega de arma. A Polícia Militar informou que abriu inquérito para apurar a ação do soldado, lotado no Batalhão de Choque.

 

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