Ação é ineficaz

Na segunda-feira (19), em portaria publicada no Diário Oficial do Estado, os policiais civis foram proibidos de recusarem registrar boletins de ocorrência, mesmo sem o Sigo (Sistema Integrado de Gerência Operacional). No entanto, fazer os registros no Word, para os policiais, é uma decisão ineficaz e uma medida tomada pelo governador para ‘fazer média’ com a população.

Nas delegacias, o número de boletins de ocorrência registrados caiu, mas os policiais esclarecem que registros de urgência ou em situações emergenciais como roubos, homicídios, são feitos. Para a maioria dos policiais e agentes, o decreto assinado pelo delegado-geral Marcelo Vargas é ineficaz. Eles explicam que o registro pode até ser feito em um documento no Word, mas como não vai para o sistema, para por ali.

Ou seja, os boletins de ocorrência são elaborados, mas não é possível dar continuidade no caso. Se um carro é roubado, por exemplo, a vítima registra a ocorrência, mas se  veículo for encontrado posteriormente, não há como verificar se é roubado, já que o registro do crime não vai para o sistema. Assim também com mandados de prisão, um suspeito pode ser abordado na rua, ter um mandado de prisão em aberto e ser liberado, já que não há como checar se há essa restrição contra ele.

Por fim, para agentes a decisão teria sido uma obra do governo apenas para ‘maquiar’ a situação e agradar a população, já que não há eficácia no serviço. O ideal, ainda é o retorno do Sigo, que só acontecerá quando o Governo do Estado reafirmar o contrato com a empresa responsável, que alega não receber desde março deste ano.