Autoridades paraguaias procuram brasileiro ‘Galã’ por morte de Rafaat

Ele estaria na Bolívia com uma das três identidades que apresenta

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Ele estaria na Bolívia com uma das três identidades que apresenta

Autoridades de segurança pública do Paraguai procuram por um brasileiro a quem acusam de planejar o cinematográfico e mortal ataque contra o narcotraficante Jorge Rafaat Tounami, o “Rei da Fronteira”, no dia 15 de junho, em Pedro Juan Caballero. Acusado de associação criminosa e falsificação de documento, Elton Leonel Rumich da Silva, apelidado de “Galã”, estaria foragido na Bolívia.

Segundo o site ABC Color, o brasileiro utiliza outros dois nomes, Oliver Giovanni Da Silva e Ronald Rodrigo Benites. Uma dessas identidades, presumidamente paraguaia e autêntica, teria sido utilizada pelo brasileiro para ingressar na Bolívia após a morte de Rafaat, conforme a publicação.

Ainda de acordo com a imprensa paraguaia, Galã teve a captura ordenada pelas autoridades policiais. Foram solicitadas informações à Justiça boliviana para averiguar a verdadeira identidade do brasileiro, apontado como novo chefe do crime em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã, município sul-mato-grossense a 313 quilômetros de Campo Grande.

CONSPIRAÇÃO

Citando investigadores do Paraguai, o ABC Color afirma que Galãn “liderou uma conspiração de vários grupos criminosos e de Jarvis Chimenes Pavão” para assassinar Rafaat. O motivo, ainda segundo a publicação, é que o “Rei da Fronteira” mantinha um ferrenho controle da região de Pedro Juan Caballero e não permitia que outras facções criminosas se instalassem ali.

O jornal paraguaio diz ainda que Rafaat chegou a “limpar” a tiros a fronteira de elementos ligados a facções criminosas do Brasil, “a quem considerava uns ‘porcos’” por terem envolvimento em crimes além do tráfico de drogas, como sequestros, assassinatos e assaltos a bancos.

O ATIRADOR

Em outra publicação, o jornal paraguaio citou uma entrevista do advogado Marcos Estigarribia, defensor de Sergio Lima dos Santos, o brasileiro apontado pelas investigações como operador do fuzil antiaéreo calibre .50 que perfurou a blindagem do Humer de Rafaat e o atingiu na cabeça.

Preso na Unidade Prisional de Segurança Máxima de Tacumbú, na Capital do Paraguai, Assunção, mesmo local em que cumpre pena Jarvis Chimenes Pavão, o brasileiro também é apontado pelas autoridades paraguaias como membro de uma organização criminosa do Brasil. Mas o advogado nega participação de seu cliente no crime.

“Nesse momento não estou tocando no tema jurídico, porque o que mais me interessa é sua saúde”, afirmou Estigarribia, já que Sergio Lima dos Santos foi ferido com um tiro no pescoço, supostamente, no dia do ataque a Rafaat, em decorrência dos disparos efetuados pelos seguranças do “Rei da Fronteira”. O advogado descartou qualquer plano para silenciar seu cliente, possibilidade ventilada pela rádio que o entrevistou.

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