Violência contra a mulher teve aumento de 150% no período de Carnaval

Em 2015 foram registrados 110 casos, enquanto 2014 somou 45

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Em 2015 foram registrados 110 casos, enquanto 2014 somou 45

A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) registrou 110 casos de violência contra a mulher durante os quatro dias de festa do Carnaval deste ano. O número supera em 146% as ocorrências registradas no mesmo período de 2014, que somou 45 casos.

De acordo com a delegada Rosely Aparecida Molina, a diferença também é expressiva nas prisões em flagrante. Neste carnaval foram 24, enquanto no ano passado 9 prisões fecharam o feriadão. Para Molina, a inauguração da Casa da Mulher Brasileira intensificou o trabalho de prevenção à violência e incentivou as mulheres a buscarem ajuda.

“Os números resaltam a importância de uma delegacia especializada no atendimento à mulher aberta 24 horas e confirmam que elas estão confiando mais no trabalho da polícia”, resalta a delegada. 

Desde o dia 1º de janeiro, mais de 843 casos foram registrados nas duas delegacias, “um número muito alto para menos de dois meses do ano”. Neste domingo (22) o primeiro caso de homicídio doloso, violência doméstica, foi registrado no Jardim Anache em Campo Grande. 

Ainda assim outro casos mais graves, como tentativa de homicídio, não aconteceram. “As mulheres estão buscando ajuda, antes que crimes mais graves aconteçam e isso é um ótimo sinal”, conclui à delegada.

Morte

Suellen Pereira da Costa, de 28 anos, foi assassinada na noite deste domingo (22) pelo companheiro identificado como Roberto César Pereira Oliveira, de 32 anos. O autor teria esfaqueado a vítima antes de matá-la a tiros em frente a uma casa na Rua Abrão Anache no Bairro Jardim Anache.

De acordo com a Polícia Civil, neste domingo o casal, que estava junto a 7 anos, teria iniciado uma briga na casa onde morava. Lá, o autor teria golpeado Suellen duas vezes nas costas, mas ela conseguiu fugir e pediu ajuda para uma família que mora no bairro.

Já na casa das testemunhas, a mulher pediu água e aguardava o socorro quando Roberto chegou em um Gol GTS branco, desceu do carro já armado e atirou cinco vezes contra a ela. Antes dos disparos, o autor pediu desculpa para a família que tentava ajudar a companheira; “Me desculpem eu vou matar ela e ela sabe porquê”.

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