VÍDEO: cliente acusa suposta equipe da Energisa de extorsão e porte de droga

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil

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O caso está sendo investigado pela Polícia Civil

Funcionários da Energisa serão investigados depois que um consumidor denunciou uma tentativa de extorsão na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. O caso foi registrado nesta quarta-feira (2), quando umas suposta equipe da empresa pediu R$ 100 para não retirar o medidor de energia de uma residência na Vila Nasser.

O morador, um eletricista de 44 anos, contou para a equipe do Jornal Midiamax que estava em casa com a mulher e o filho de 11 anos quando os funcionários chegaram. Um deles aproveitou que o portão estava aberto e entrou no quintal para chamar o homem. Nas palavras da vítima, o funcionário anunciou que a ação era uma fiscalização de rotina e pediu para que ela acompanhasse o procedimento.

Como estava sem camisa, o eletricista pediu um momento para que pudesse se vestir. “O rapaz que estava dentro da minha casa ficou me fazendo perguntas e quando eu saí o companheiro dele estava com meu relógio na mão, já tinha tirado”, lembra.

Neste momento a equipe da Energisa afirmou que o lacre estava adulterado e a engrenagem cortada, mas que bastava o homem pagar R$ 100 que eles deixariam o relógio no local, sem aplicar nenhuma multa.

Revoltado com a situação, o eletricista se negou a dar o dinheiro e os envolvidos passaram a discutir. Na confusão, segundo a vítima, um dos rapazes deixou cair um pedaço de papel, um canivete e uma porção de maconha. A criança de 11 anos viu os objetos e avisou o pai, que aproveitou de uma distração dos funcionários para recolher a droga.

“Eles perceberam que perderam os objetos e começaram a olhar em volta do carro, quando perguntei o que eles estavam procurando, falaram que tinham perdido um quadro”, relata o eletricista, que filmou parte do desentendimento.

A Polícia Militar foi acionada e uma nova equipe da empresa foi até a casa, onde o homem mostrou a droga e foi novamente ofendido pelos funcionários. “Falaram que a droga era minha porque eu tinha tatuagem e eles confiavam na equipe deles”, conta.

 

Ainda no registro o homem afirmou que os funcionários o ameaçaram caso o fato fosse levado para a polícia e o xingaram. Agora as investigações, coordenadas pelo delegado Alexandre Amaral Evangelista, seguem com depoimentos de vizinhos que presenciaram a cena, dos policiais militares que atenderam à ocorrência e dos próprios autores, que ainda não foram identificados.

“Vamos entrar em contato com a Enersiga e pedir a identificação dos funcionários, já que nas filmagens aparece o número das viaturas que foram ao local” explica o delegado.

Energisa

Em nota a Energisa afirmou que a equipe foi até a residência para realizar a inspeção depois de receber denúncias de adulteração no medidor de energia. No local o morador não permitiu que o serviço fosse concluído e por isso a Polícia Militar foi acionada.

Ainda segundo a empresa, durante o período que os militares estiveram na casa “nada que desabonasse a equipe da Energisa foi constatado”. Mesmo assim, a empresa também compareceu na 2ª Delegacia de Polícia Civil para registrar o caso. Segundo a Energisa, o equipamento encontra-se para aferição e laudo do Inmetro. Veja o vídeo aqui.

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