Shopping briga na Justiça para proibir a entrada de menores desacompanhados

Cerca de 30 jovens se envolveram em confusão domingo

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Cerca de 30 jovens se envolveram em confusão domingo

O Shopping Campo Grande, que foi palco de confusão generalizada entre adolescentes na tarde do domingo (31), tenta na Justiça impedir a presença de menores de 18 anos desacompanhados dos responsáveis no local.

Em uma ação judicial, a administração do Shopping Campo Grande afirma que os adolescentes vêm se organizando para fazer os chamados ‘rolezinhos’, nos fins de semana, causando tumulto e até usando substâncias entorpecentes nas dependências do condomínio. Ao processo foram anexadas imagens colhidas do circuito de segurança, boletins de ocorrência e reclamações feitas pelos clientes.

A administração pede que a Justiça impeça a entrada de crianças e adolescentes desacompanhados dos responsáveis “em função da notória situação de risco vivenciada” e a expedição de alvará judicial para que o shopping fiscalize o ingresso de pessoas em suas dependências, sempre que detectar a ocorrência ou a eminência de qualquer organização com finalidade de depredação, intimidação, uso de drogas, obscenidade ou a pura recreação com risco de perturbação à ordem pública.

Na decisão do dia 16 de março, a juíza Katy Braun do Prado, da Vara da Infância e Adolescência de Campo Grande, indeferiu o pedido, pois o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) determina os locais onde os adolescentes devem estar acompanhados, e os shoppings não são um deles. Adverte ainda que o interesse do shopping é limitar direitos individuais, como a liberdade de locomoção. Caso os adolescentes venham a cometer atos infracionais, o fato deve ser apurado pela autoridade policial.

De acordo com dados do processo, o Shopping Campo Grande tenta recorrer da decisão. A empresa se manifestou por meio da assessoria de imprensa e preferiu não comentar a ação.

Por meio de nota, informou que as medidas preventivas e necessárias serão tomadas, buscando o apoio das autoridades e informou que o espaço físico, a operação de um shopping dos lojistas não são planejados para receber eventos e aglomerações. 

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