Sem ter a quem recorrer, mulher distribui foto de agressor e pede ajuda

O suposto agressor já foi preso várias vezes acusado de violência doméstica 

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O suposto agressor já foi preso várias vezes acusado de violência doméstica 

Já são quatro anos de medo. No início, tudo parecia muito tranquilo e harmonioso, mas só parecia. Bastou um ano de relacionamento para que as agressões e xingamentos começassem. E em 2011, após um discussão em casa, Welington Ferreira de Carvalho, 33 anos, avançou contra Rosilene Gerônimo de Souza, 33, e por pouco não a matou. Estava ali o fim do relacionamento e o início de uma vida reclusa e de medo.

Após a primeira agressão, Welington foi preso por seis meses. Tempo em que Rosilene até se sentiu segura, não fosse uma ligação aqui e outra ali. Mas as coisas pioraram quando ele deixou a prisão e voltou a ameaçá-la. Desde então, as ligações e mensagens são frequentes. E as idas e vindas da prisão e nem a medida protetiva que o proíbe de se aproximar de Rosilene não o impedem de ameaçar a ex-companheira.

“Já perdi as contas de quantos boletins de ocorrência já registrei. Já fiz de tudo. Quando sei que ele saiu da cadeia volta todo o meu transtorno. Já larguei o emprego por medo de andar de ônibus e mal saio de casa. É como se ele estivesse em todas as partes”, conta Rosilene ao explicar que além dela, sua família inteira permanece em constante vigilância. “Minha mãe mora do outro lado da cidade, mas sempre que ele diz que vai aparecer ou manda mensagem ela corre para cá com medo dele me matar”, diz.

Contra si, atualmente, Welington possui dois mandados de prisão em aberto. Um deles por uma ameaça praticada em setembro de 2013 – o pedido foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul, 1° Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher em abril deste ano- e outro por violência doméstica contra a mulher. O delito foi praticado em setembro de 2013 e o mandado foi expedido poucos dias depois pela mesma vara.

Welington também é réu em em processo que corre na 2ª Vara da Violência Doméstica e Familiar de Campo Grande, ambos por ameaça. A informação que consta de um deles é que ele já cumpriu a pena, de dois meses, em regime aberto.

“Uma vez ele ficou foragido dois anos. Eu tenho medo que isso aconteça outra vez. Por isso preciso que a polícia o encontre. Mas ninguém sabe onde ele está. Não há o que fazer”, contou.

Com praticamente todos os caminhos judiciais esgotados, Rosilene recorre aos jornais e revista. O apelo, é para quem o tenha visto em algum ponto da cidade possa denunciar no telefone 190. “Eu não tenho mais o que fazer. Sou eu que vivo como prisioneira, não me importo, já me acostumei. Mas e os meus filhos. Como é que eu vou fazer? Não posso viver uma vida inteira assim”, se queixa.

 

 

 

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