Segurança se apresenta e diz que matou porque jovem zombou da morte de seu filho
O caso aconteceu no Jardim Canguru
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O caso aconteceu no Jardim Canguru
O segurança Christian Daniel Barbosa, de 40 anos, se apresentou nesta terça-feira (3) na 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande como autor dos disparos que mataram o jovem Anderson Filieu da Silva, de 21 anos, na noite do dia 25 de outubro no Jardim Canguru. Na data uma jovem de 22 anos também ficou ferida.
Segundo o advogado de Barbosa, Amilton Ferreira de Almeida, o crime foi motivado pela morte do filho mais novo do segurança, que aconteceu em janeiro de 2014. A vítima e outros dois rapazes são suspeitos de envolvimento no assassinato de Marcos Vinicius da Silva Barbosa, o “Tito”, de 17 anos.
Marcelo Neves, de 34 anos, Antônio Marcos Ferreira Chaves e Anderson teriam colocado o adolescente dentro de Volkswagen Crossfox, prata, placas HSG-5949, de Campo Grande (MS), o levado até o Jardim Novo Século e lá executado Marcos com dois tiros. O jovem chegou a pedir socorro, mas não resistiu aos ferimentos.
Na época a polícia esclareceu que o homicídio aconteceu porque Marcelo acusou Marcos de ter furtado sua casa enquanto ele viajava. Após mais de um ano e nove meses o pai do adolescente bebia em casa quando conhecidos contaram a ele que Anderson estava zombando da morte de seu filho.
Conforme o advogado, emocionalmente abalado o homem e um amigo foram até a residência onde Silva estava em uma motocicleta Suzuki, azul, placa HTK-3203, e dispararam várias vezes contra a vítima.
Durante as investigações, policiais do SIG/DPC (Setor de investigação Geral do Departamento de Polícia da Capital) apreenderam na casa de parentes de Christian a moto e dois revólveres calibre 38 usados no crime. Ainda segundo a polícia, outro filho do segurança, que não teve a identidade revelada, seria o segundo envolvido no crime, versão que é negada pela defesa e pelo autor.
“O meu cliente confessou o crime e contou que ele e um amigo do filho foram até o local e efetuaram os disparos, não ele e o filho como estão falando. No dia do crime o estado emocional dele não estava condescendente com a realidade do dia a dia de um homem normal”, defende Amilton.
Segundo o advogado, a defesa vai trabalhar com a tese de homicídio privilegiado, crime que tem a pena reduzida por entender que a vítima agiu por conta de forte emoção.
Para o delegado responsável pelo caso, Tiago Macedo, as investigações agora seguem para comprovar até que ponto do depoimento do segurança é verdadeiro. O ponto de principal conflito é o envolvimento do filho de Christian no homicídio. “Vamos analisar o depoimento a fim de confirmar se o rapaz participou ou não do crime”, explica o delegado.
Conforme Tiago, o jovem possui várias passagens pela polícia e está evadido do sistema prisional. Ainda na tarde desta terça-feira (03), uma equipe policial realizou diligências a fim de apreender o celular usado pelo suspeito. Depois de ser ouvido, Christian será liberado
Entenda o caso
No domingo (25), uma equipe do 10º Batalhão de Polícia Militar realizava rondas pelo Jardim Canguru, quando na Rua Catiguar se deparou com uma grande aglomeração de pessoas. No local os militares encontraram Anderson ferido por arma de fogo no tórax e na cabeça. O socorro foi acionado, mas a vítima não resistiu e morreu na Santa Casa.
A jovem que estava com Silva teve um ferimento nas costas e foi encaminhada para atendimento por populares. O caso foi registrado como homicídio simples e homicídio simples na forma tentada.
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