Avô ajudou meninas de 10 e 12 anos a denunciar os estupros

Auxiliar de serviços gerais, 29 anos foi preso suspeito de estuprar filha e enteada, de 10 e 12 anos, no Bairro Caiçara, em . A prisão aconteceu em cumprimento ao mandado de prisão na madrugada desta quinta-feira (18).

Segundo a polícia, no dia 24 de maio as meninas contaram ao avô que o auxiliar estava abusando sexualmente delas. Muito indignado o familiar procurou um vizinho, que é policial civil, e contou o que estava acontecendo com as netas.

Desta forma, o policial repassou a denúncia para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). No dia 25 foi feita autuação policial e os envolvidos foram conduzidos para prestar esclarecimentos na delegacia.

Como não teve flagrante o suspeito foi ouvido e liberado. Em depoimento, as meninas disseram que como a mãe trabalha à noite em um restaurante elas ficavam sozinhas com ele. As duas também disseram que ele passava açúcar no órgão genital dele e as obrigava a fazerem sexo oral e vice-versa.

As crianças contaram também que às vezes o abuso acontecia com as duas juntas. Em entrevista com a psicóloga, a enteada disse que o padrasto mora há 11 anos com a mãe e, que desde os 6 anos, ele abusa sexualmente dela.

A enteada disse que ele passava a mão em suas partes íntimas e em todo o corpo. Na época, ela chegou a contar para a mãe, que acabou apanhando dele ao tirar satisfação. A mãe negou que tenha apanhado do companheiro.

As meninas disseram que havia 21 dias que o auxiliar vinha praticando atos libidinosos. E que a mais velha disse também que os seios ficavam doloridos de tanto que ele apertava. A mãe afirmou ao delegado que desconfiava dos abusos, mas não tinha certeza porque as filhas nunca contaram para ela.

O delegado titular da Depca, Paulo Sérgio Lauretto, disse que assim que a denúncia foi feita o pedido da prisão preventiva foi solicitado. Na noite desta quarta-feira (17) o mandado de prisão foi concedido e de posse dele os policiais efetuaram a prisão dele.

O auxiliar foi preso na casa do pai dele, no mesmo bairro há quatro quadras de onde ele morava com a família, porque depois da denúncia a mãe das meninas terminou o relacionamento.

De acordo com os policiais, ele continuava frequentando a casa da família. “Ele foi indiciado por de vulnerável, passível de pena de 15 anos de prisão por ser considerado um crime hediondo”, concluiu o delegado.