Polícia vai ouvir médico por liberar paciente que morreu 6 horas depois

Delegado também deve ter acesso à gravação de ligação feita ao Samu

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Delegado também deve ter acesso à gravação de ligação feita ao Samu

A Polícia Civil deve ouvir nesta sexta-feira (26), o médico do CRS (Centro Regional de Saúde) do Coophavila 2, que atendeu e deu alta a uma paciente, que morreu seis horas depois. O caso aconteceu no dia 16 deste mês, em Campo Grande. O objetivo da polícia é esclarecer por que a mulher foi liberada do posto de saúde, já que segundo a família estaria passando mal e por que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) não foi até a casa dela para fazer o transporte, quando foi acionado pela mãe da vítima.

De acordo com o delegado Bruno Urban, da 6ª Delegacia de Polícia Civil, a mãe já prestou depoimento e ele também deve ter acesso ainda nesta sexta, à gravação da ligação que ela fez ao Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) pedindo ajuda.

Para ter acesso as informações foi necessário que a autoridade policial enviasse um ofício à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para saber quem eram os profissionais que tiveram contato com a mulher na data da morte e ter acesso a ligação ao Samu.

Ainda conforme Urban, a causa da morte de Jaqueline é embolia pulmonar, que foi causada por uma fratura exposta, que ele teve em decorrência de um acidente. Ele explica que o quadro pode ser gravíssimo e que se não for detectado a tempo, a pessoa dificilmente sobrevive. “Queremos esclarecer por que ela foi liberada, por que o Samu não foi”.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado como morte a esclarecer, Jaqueline dos Santos Flores, de 34 anos, passou mal por volta das 12 horas, daquele dia. O Corpo de Bombeiros foi acionado e ela foi encaminhada ao CRS do Coophavila 2. A mulher foi atendida e ficou em observação durante a tarde, sendo liberada às 16 horas.

Conforme o relato da família, a vítima desmaiou quando estava saindo do posto de saúde, mesmo assim, o médico a mandou para casa e disse que não era nada grave. Pouco depois, ela passou mal novamente, o Samu teria sido acionado, mas também disse que não poderia atender o caso.

O filho da vítima conseguiu pedir carona a um vizinho, mas quando eles chagaram novamente ao CRS, a mulher estava em parada cardiorrespiratória e resistiu.

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