Polícia nega resgate de celulares furtados no Villa Mix Festival

Mais de 100 pessoas voltaram para casa sem os celulares

Os furtos de aparelhos celulares no Villa Mix Festival, evento realizado na terça-feira (25), são investigados pela Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) de Campo Grande. Ao todo, já foram mais de 100 registros de aparelhos celulares, carteiras e até carro furtados durante o evento de música sertaneja.

De acordo com a assessoria da organização do evento, 200 seguranças foram contratados para atuar na área interna do show, ou seja, no estacionamento do shopping Bosque dos Ipês, localizado no Parque dos Novos Estados. Ainda de acordo com a assessoria, mais de 15 mil pessoas participaram do evento. A assessoria do shopping reforça que a segurança do evento é de responsabilidade dos organizadores, mas que seguranças do estabelecimento auxiliaram na segurança externa.

Invetigação

O delegado Maércio Alves, da Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social) afirma que vai iniciar investigação sobre a quantidade de pessoas presentes no evento, além da questão de segurança. “Vamos analisar se a quantidade de ingressos vendidos corresponde ao número de pessoas no local”, disse. Ainda conforme o delegado, outras questões serão investigadas, para saber se o evento foi realizado conforme o alvará concedido aos organizadores.

De acordo com o delegado Luiz Alberto Ojeda, titular da Derf, até o fim da manhã desta quinta-feira (27), não foram encontrados ou apreendidos quaisquer celulares furtados no evento. “Iniciamos a investigação. Neste tipo de evento, os seguranças são colocados para evitar tumultos e aglomerações, o crime contra o patrimônio não é o foco, talvez por falta desse foco os furtos tenham ocorrido”, afirma Ojeda.

Furtos

Várias pessoas continuam procurando as delegacias de Campo Grande para relatar furtos ocorridos durante o Villa Mix Festival. Ao todo, já foram contabilizados mais de 100 boletins de ocorrência gerados.

A esteticista Mayara Lais, de 21 anos, afirma que a segurança era precária. “Os seguranças estavam até tomando sorvete que era distribuido na festa, pra ver a preocupação deles”, diz. A jovem teve o celular furtado quando o aparelho estava no bolso de trás da calça. “Eu senti quando puxaram o celular, mas olhei pra trás e vi uma muvuca, não deu pra ver quem furtou”. Ela afirma que vai tentar entrar com ação contra a organização do evento por causa da falta de estrutura de segurança.

Já a auxiliar de veterinária Yasmin Padilha, de 18 anos, conta que estava com o namorado, quando percebeu que alguém mexia na bolsa dela. “Olhei para trás e vi um rapaz, até me assustei e coloquei a bolsa para frente”. Momentos depois, quando foi pegar o celular para tirar uma foto, notou que o aparelho tinha sido furtado. O mesmo aconteceu com uma estudante, que não quis se identificar. Ela estava na área vip e deixou o celular no bolso da calça da amiga. Quando foi tirar uma foto, percebeu que o celular não estava mais lá.

Insegurança

Mayara e Yasmin qualificaram a segurança como “péssima” e “horrível”. Elas relatam que, além dos furtos, viram várias brigas acontecendo durante os shows. Mayara ainda afirma que algumas pessoas invadiram o evento “estouraram a grade e invadiram o local”, relata.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou entrar em contato com o organizador do evento, mas ele não atendeu ao telefone.