Peão vai à polícia para deixar fazenda onde trabalhava 13 horas por dia

Capataz não queria deixar trabalhador sair

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Capataz não queria deixar trabalhador sair

Trabalhador de uma fazenda, de 35 anos, teve que acionar a Polícia Militar para conseguir sair e retirar os objetos pessoais de dentro da propriedade, após pedir demissão. O caso, registrado como sequestro e cárcere privado, aconteceu na quarta-feira (24), em Paraíso das Águas, a 277 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o registro da ocorrência, o trabalhador relatou ter trabalhado 38 dias na fazenda e pediu demissão por causa da rotina de trabalho, de 13 horas diárias, segundo ele. O trabalhador disse que após se demitir, ele a mulher foram com uma caminhonete pegar a mudança, mas dois funcionários da fazenda não permitiram.

O trabalhador relatou aos policiais, que argumentou com os funcionários e o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais o informou sobre os direitos trabalhistas e os colegas teriam dito que na fazenda, ‘eles que fazem a lei’.

Os funcionários da fazenda também trancaram a porta da casa e a porteira da fazenda, restringindo a liberdade de locomoção das vítimas. O trabalhador disse ainda que no domingo (21), já havia ido ao local pegar a mudança, mas também foi impedido.

Após a discussão, a vítima conseguiu ligar para Polícia Militar, que ligou para propriedade e mandou liberar as vítimas, pois estava sendo cometido um crime. O trabalhador ainda informou que cumpre pena em regime aberto e ficou um dia sem assinar o documento. 

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