Pais temem reação de filho viciado e pedem proteção aos outros filhos

Rapaz de 19 anos estaria ameaçando pais e irmãos de 10, 12 e 14 anos

Uma família, moradora no Jardim Vilas Boas, vive um drama que atinge muitas outras, não apenas em Campo Grande, mas em todo o País e está ligado ao consumo de drogas. Sem saber o que fazer, a mãe foi pedir ajuda à polícia.

A mãe, uma auxiliar de limpeza de 42 anos e o pai, um jardineiro, de 45 anos de idade, já não conseguem controlar o filho de 19 anos, que há dois anos começou a se envolver com maconha e atualmente aderiu a drogas “mais pesadas”.

Há cerca de dois meses a situação começou a se complicar na casa da família e os pais se viram obrigados a exigir que o filho mais velho se retirasse da casa, para preservar a integridade dos demais filhos, de 10, 12 e 14 anos.

No entanto, sob o efeito das drogas, o comportamento dele foi tornando-se mais agressivo e culminou com o episódio do último dia 12, quando a agressividade ficou incontrolável. O rapaz teve que ser contido com o apoio dos homens do Corpo de Bombeiros.

Atendido e medicado na Unidade de Saúde do Bairro Tiradentes, o rapaz voltou para casa, mas o seu comportamento continuava agressivo e deixando os pais atemorizados. Na última sexta-feira (16), o entanto, segundo o pai, todos os limites foram ultrapassados quando o filho passou a ameaçar a mãe e os irmãos de agressão e até mesmo morte.

O pai tentou intervir e acabou sendo agredido com uma cadeirada, sofrendo lesão na cabeça. A polícia foi chamada, a ocorrência acabou na delegacia ele encontra-se detido sob a acusação de lesão corporal.

Os pais procuraram a Depca (Delegacia Especializada na Proteção da Criança e Adolescente) e alegaram que estão com medo de que o filho possa retornar e novamente agredir. Ou “fazer coisa pior com os meninos ou com a gente mesmo”, como diz a mãe.

Ela alega ainda que o convívio com o filho mais velho é impossível e foi pedir providências na delegacia. “Se ele já fez isso com o pai (agredir com uma cadeira), agora ele pode até matar. Sem falar que ele acha que os irmãos mais novos é quem fizeram a denúncia que ele era viciado. Estamos mo medo realmente e queremos encontrar uma forma de nos proteger”, afirmou a mãe.