Nenhuma das vítimas da chacina de Paranhos possui passagem por tráfico, diz delegado

Cinco pessoas foram executadas na frente de uma padaria 

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Cinco pessoas foram executadas na frente de uma padaria 

Nenhuma das vítimas da chacina de Paranhos, cidade a 466 quilômetros de Campo Grande, possui passagem policial por tráfico de drogas, afirmou o delegado Fabrício Dias dos Santos, titular da delegacia de Sete Quedas. Ainda de acordo com o delegado, também não é possível afirmar se a morte das cinco pessoas possui envolvimento com o PCC.

O delegado titular também não comentou quais seriam os outros tipos de passagens que as vítimas possuem ou uma outra linha de investigação, caso o crime não esteja relacionado ao tráfico de drogas ou com a facção criminosa.

O jornal ABC Color publicou nesta terça-feira (20), uma matéria sugerindo que a chacina que ocorreu na segunda-feira (19), em Paranhos, pode ter sido um ataque do PCC (Primeiro Comando da Capital). Cinco pessoas foram executadas na frente de uma padaria do município, localizado a 477 quilômetros de Campo Grande.

Segundo informações do jornal paraguaio, há hipótese de que o ataque tenha sido comandado pelo PCC e pode desencadear uma guerra na região. No dia 19, o site relatou que o grupo criminoso estaria passando por sérios problemas financeiros e o alto comando teria liberado integrantes para cometerem assaltos e sequestros na região da fronteira.

Ainda consta na notícia que comerciantes e gerentes de instituições financeiras de Pedro Juan Caballero pediam aumento de presença policial. O jornal aponta que a principal causa da crise financeira do PCC seriam as grandes apreensões de drogas ocorridas nos últimos tempos na região da fronteira.

Relembre o caso

A chacina ocorreu em Paranhos, no centro da cidade, na Rua Marechal Deodoro. Mais de cem tiros de pistola 9 mm e fuzil 767 foram disparados contra sete pessoas que estavam na frente de uma padaria da cidade.

No local morreram três pessoas, Bruno Vieira de Oliveira, de 26 anos, Mohamed Youssef Neto, de 26 anos e Rodriga Silva, de 28 anos. No hospital morreram Arnaldo Andres Alderete Peralta, de 32 anos, e Denis Gustavo Gonçalves, de 23 anos. Segundo o site ABC, Arnaldo era um traficante conhecido de Ypejhú (PY), fronteira com Paranhos.

Já Anderson Cristiano Betoni, de 27 anos, foi encaminhado junto com Diego Alderete Peralta, de 26 anos, irmão de Arnaldo, para Dourados. Anderson permanece na área vermelha do hospital e Diego teve uma perna amputada e também segue em estado grave.

De acordo com informações, homens que estavam em dois veículos atiraram contra as sete vítimas que estavam em uma padaria. Dois suspeitos chegaram a serem abordados por uma equipe da Força Nacional, mas foram liberados.