BPChoque classificou a ação como de rotina e disse desconhecer princípio de

Os militares do BPChoque (Batalhão de Policiamento de Chqoue) foram chamados para conter os ânimos dos detentos do EPSM (Estabelecimento Penal de Segurança Máxima), localizado no Bairro Noroeste, região leste de , por volta das 7h30 desta segunda-feira (23). O fato ocorreu por conta de um aval que teria sido dado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que age nos presídios do País, para a morte de um .

O sargento do Batalhão, Mattos, que é assessor do BPChoque, informou à equipe do Jornal Midiamax que desconhece o princípio de rebelião pelo local. “Viemos para uma operação de rotina aqui e ela foi classificada como normal”, ressalta.

Ele explicou que foi utilizada uma bomba de efeito moral, quando os militares entraram no presídio, pois os reeducandos estavam promovendo uma “bateção nas grades”. Em seguida, eles foram levados, de pouco em pouco, para o pátio para que as celas passassem por uma vistoria.

“Apenas um detento se recusou a sair da cela e partiu para cima da guarnição com um chucho (arma pontiaguda de fabricação caseira), porém ele foi contido e desarmado”, explica o sargento, que informou que o reeducando vai responder por resistência.

Até o momento os policiais apreenderam celulares, chips e drogas em diversas celas. “A única arma encontrada até o momento é a que estava com o preso que não acatou a ordem de sair da cela”, frisa.

O número de objetos apreendidos não foi divulgado porque a operação está em andamento. Ela segue até o fim da manhã de hoje. Na Máxima há 2.215 presos que estão custodiados pelo Estado de Mato Grosso do Sul.

Do lado de fora

Desde a manhã, quando o BPChoque foi chamado, diversas mulheres e mães de presos iniciaram uma vigília em frente ao Estabelecimento Penal onde ocorre o pente-fino. Elas procuraram a equipe do Jornal Midiamax e falaram que ouviram tiros e diversos barulhos de bombas. “Eles vão transferir 50 detentos para o interior. Eles não explicam por que e quem são”, conta uma senhora, que preferiu não se identificar.

O sargento do Batalhão foi questionado a respeito das reclamações dos parentes dos reeducandos e informou que não houve tiros no local e apenas uma bomba foi detonada no presídio, como aviso que a tropa estaria entrando. “Não há informações sobre transferência, isso é mera especulação das famílias”, finaliza.