Menina que morreu esfaqueada e agressora ‘compraram briga’ de amigas em terminal

Caso é investigado pela Deaij, em Campo Grande  

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Caso é investigado pela Deaij, em Campo Grande

 

A adolescente de 17 anos suspeita de matar com uma facada a estudante Luanna Braga Vilella, de 16 anos, em uma briga no Terminal Nova Bahia, em Campo Grande, vai responder pelo ato infracional em liberdade. A garota se apresentou à Polícia Civil, acompanhada dos pais e de um advogado, na manhã desta quarta-feira (4). Foi apurado pela polícia que a vítima e a agressora entraram na confusão ao ‘comprarem briga’ de amigas.

De acordo com a delegada Rozeman Geise Rodrigues de Paula, da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), nem Luanna nem a agressora estavam diretamente envolvidas em uma rixa. A confusão no terminal envolveu quatro meninas. A agressora, a vítima e um casal de amigas de Luanna.

Foi apurado pela autoridade policial, que uma amiga da agressora teria mandado um presente para uma das adolescentes, amigas de Luanna, que mantém um relacionamento homoafetivo. A namorada não teria gostado e desde segunda-feira (2), teria tido início uma troca de ameaças, verbais e por celular.

No depoimento, a suspeita disse que não estudava na escola de Luanna e teria passado a acompanhar a amiga, que mandou o presente, por conta das ameaças. Ela também começou a andar armada com um canivete. Conforme a delegada, as adolescentes se envolveram em uma espécie de rede de fofocas por conta do presente dado à amiga de Luanna.

Na terça-feira (3), na qual a jovem foi esfaqueada, ela e as amigas [casal homoafetivo] teriam ido tirar satisfações com a suspeita, que estava esperando o ônibus após levar a amiga na escola. Na briga, Luanna teria mandado a agressora ficar quieta e tentou dar um chute nela. A garota pegou o canivete e feriu Luanna e outra adolescente. As duas foram para o posto de saúde, Vilella foi transferida para a Santa Casa, mas não resistiu.  

Já foram ouvidas oito testemunhas e a adolescente vai responder por ato infracional análogo ao homicídio doloso e à tentativa de homicídio em liberdade. A menina disse que jogou o canivete em um monte de lixo, quando seguia para casa, na região da saída para Cuiabá.

A delegada adverte que é importante os pais e os responsáveis procurarem a delegacia em casos de ameaças e brigas em escolas e que o caso poderia até ter sido evitado. 

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