Manifestante detido na Câmara diz que foi agredido ao defender professora

Professor alega que estava tentado defender colega

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Professor alega que estava tentado defender colega

O professor Marcelo Araújo, detido na manhã desta terça-feira (4), durante uma pancadaria que começou após o fim da primeira sessão da Câmara Municipal de Campo Grande, depois do recesso de julho, disse que estava tentando defender uma colega de trabalho. e que acabou sendo agredido. 

Segundo o professor, ele teria visto uma colega sendo agredida por um dos guardas e tentou defendê-la, no entanto, teria sido jogado ao chão e em seguida detido por outros guardas municipais.

“Eu vi um guarda empurrando-a, fui tentar defendê-la e acabei jogado no chão. Em seguida veio um monte de guarda para cima de mim”, relata.  Araújo foi levado para a 3ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Carandá Bosque.

Cerca de 50 professores que manifestavam, pouco antes da sessão, servindo cafezinho na frente da Câmara, acompanharam o colega até a delegacia e confirmaram os relatos. O professor afirma que sofreu escoriações nas costas e teve a camiseta rasgada ao ser detido e diz que vai registrar um boletim de ocorrência sobre o fato.

“Estou com as costas machucadas e com a camiseta rasgada. Tenho um problema de audição no ouvido esquerdo e não escutei nada. Reconheço o guarda e vou registrar um boletim de ocorrência por agressão”, declara.

A professora Elimar Cristina Tolentino, de 43 anos, estava no local. Segundo ela, a confusão começou com uma discussão entre um professor e um guarda municipal. A professora Zélia Aguiar, de 54 anos, que estava à frente do protesto, realizado antes da sessão, acabou agredida e foi levada para a Casa da Mulher Brasileira.

“Eles estavam discutindo, então a Zélia entrou no meio para separar. O guarda se irritou, a puxou pelos dois braços e o professor entrou pedindo calma e ressaltando para não agredi-la que ela é mulher. Ela está muito nervosa e foi levada para conversar com um psicólogo”, afirma. A professora foi orientada a registrar um boletim de ocorrência por agressão, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. 

De acordo com o relato, ao menos cinco guardas municipais, não identificados, estão envolvidos. Procurada pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax, a assessoria de comunicação da Guarda Civil Municipal disse que os fatos serão apurados pela Polícia Civil.

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