Jovem foi morto depois de se reunir com autores do crime para usar drogas

Ele foi surpreendido com agressões e morto a facadas

Marcos Vinícius de Oliveira, de 20 anos, encontrado morto no dia 12 de agosto, era conhecido dos autores do crime. No dia em que foi morto, o rapaz se reuniu com os seis envolvidos para usar drogas, na entrada da Embrapa, localizada na região oeste da Capital. A Polícia Civil fez a reconstituição do crime na quinta-feira (20), para esclarecer o caso e foi confirmado que o crime foi idealizado por Gabriel Gustavo Barros de Souza, de 21 anos, preso no dia 14.

Segundo informações da delegada Aline Sinnott, da Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude), os cinco adolescentes, Gabriel e Marcos Vinícius foram até o local para usar drogas. A vítima chegou a se sentar e a se encostar em uma árvore, momento em que foi surpreendida e recebeu uma gravata de um dos adolescentes.

Para a delegada da Deaij, ficou claro que as ideias do homicídio e de carbonizar o corpo da vítima partiram de Gabriel e foram acatadas pelos adolescentes. O jovem responderá por homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Os adolescentes foram autuados por homicídio e pela ocultação do cadáver.

Todos os envolvidos no crime afirmam que eram perseguidos por Marcos Vinícius e que sofriam bullying há mais de um ano. Apesar dos desentendimentos, eles eram conhecidos e andavam juntos.

O crime

O corpo de Marcos Vinícius foi encontrado pela polícia na tarde de quarta-feira. A princípio, três adolescentes, moradores do Bosque Santa Mônica, se apresentaram à polícia. O caso foi denunciado pela mãe da adolescente de 14 anos, depois que descobriu sobre o crime.

A primeira versão contada é de que Marcos teria tentado estuprar a adolescente, porém não conseguiu, o que motivou o crime. Na terça-feira (11), a mãe de Marcos foi até a 7ª DP (Delegacia da Polícia Civil) do Jardim Panamá registrar o crime de desaparecimento, pois o filho não era visto desde a noite de domingo (9).

Equipes do SIG (Setor de Investigações Gerais) iniciaram a investigação com os policiais da Deaij. Eles encontraram os adolescentes, que mostraram onde estava o corpo da vítima. Outros dois adolescentes e Gabriel foram encontrados dois dias depois e confessaram o crime, desmentindo a primeira versão contada e alegando que se vingaram por sofrer ameaças e bullying por parte da vítima.