Jovem assassinada pelo ex disse aos filhos que ia jogar o lixo e já voltava

Ex-namorado sequestrou, matou e jogou corpo em córrego

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Ex-namorado sequestrou, matou e jogou corpo em córrego

A família de Isis Caroline da Silva, de 21 anos, está revoltada com o desfecho da relação da jovem com o ex-namorado, Alex Arlindo Anacleto de Souza, de 32 anos. “Por mais que ele diga, que eles haviam reatado, nós não acreditamos. Se fosse verdade, ela não iria dizer para as filhas ‘vou jogar o lixo e já volto’”, conta a irmã da vítima, Ingrid Aparecida de Oliveira da Silva, de 32 anos, que atualmente mora na Espanha.

Ela veio para Mato Grosso do Sul quando soube da morte de Isis e da prisão de Alex, que foi apresentado na tarde desta segunda-feira (8), na CMB (Casa da Mulher Brasileira), localizada na região oeste de Campo Grande. A ação foi realizada pelas delegadas da unidade Marina Conceição, da delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher) Marília de Brito, do delegado da 5ª DP (Delegacia de Polícia Civil) Jairo Carlos Mendes e o delegado Fernando Vila de Paula, que é responsável pelo SIG (Setor de Investigação Geral) de Três Lagoas, cidade a 334 quilômetros a leste de Campo Grande.

Sem querer falar a imprensa, Alex repetia apenas que ‘não tenho nada pra fala sobre isso’. O suspeito tem uma ficha extensiva por violência doméstica, crimes que foram cometidos contra Isis e denunciados por outras ex dele.

Porém em depoimento, Alex afirmou por diversas vezes que a morte de Isis ocorreu porque ele perdeu a cabeça, mas que os dois havia se reatado. “Peguei o carro do meu pai e passei na casa dela. Ela não pensou duas vezes em viajar comigo para Ribas do Rio Pardo, mas aí, acabamos brigando por causa do pai de uma das filhas dela”, fala.

Apesar do fim do relacionamento, Alex a seguia e tinha raiva da relação dela com o pai das crianças. “Ela dizia que eram conversas normais, pensão, essas coisas. Mas, acho que ela escondia algo”, declarou o suspeito.

Alex revelou que levou Isis para as margens do córrego Mutum, onde começou a discussão, até que a afogou e deixou o corpo por lá. Ela foi encontrada a cinco metros de onde ele apontou para a polícia, já em estado de decomposição.

Investigação

A polícia pediu ajuda da delegacia de Três Lagoas por saber que o suspeito tinha uma casa naquela cidade. Por lá, ele foi preso por conta de um mandado de prisão e trazido para Campo Grande.

Os policiais investigam se a vítima foi ou não sequestrada, uma vez que, Alex já havia cometido tal delito. O suspeito vai responder pelo crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver. O crime foi ser mudado para feminicídio, este seria o primeiro caso em Campo Grande.

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