Guarda Municipal que furtou doces é solto depois de pagar fiança de R$ 1 mil
Valor foi reduzido após intervenção de advogado
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Valor foi reduzido após intervenção de advogado
Após a constatação de que o guarda municipal Sidnei Teodoro Rosa, flagrado furtando doces na Cidade do Natal, possui ficha criminal, o presidente do Sindicato dos Guardas civis Municipais de Campo Grande, Hudson Pereira Bonfim, explicou porquê o guarda ainda não foi desligado da instituição e revelou que o servidor foi solto depois de pagar fiança de R$ 1 mil.
Bonfim explica que burocracia é o que emperra o procedimento administrativo que julgará o guarda. Segundo ele, a corregedoria da GCM (Guarda Civil Municipal) apura o fato conforme determina o Estatuto do Servidor Municipal, que regulamenta o procedimento. No entanto, o veredicto da corregedoria precisa, ainda, ser submetido à PGM (Procuradoria-Geral do Município), “que coloca o processo numa pilha como se um guarda civil municipal fosse um servidor qualquer”, explica o sindicalista.
Segundo Bonfim, a lentidão do processo administrativo ocorre por falta de uma lei de cargos e carreiras que dê mais autonomia e prerrogativas diferentes à GCM. “Não somos servidores comuns. Temos que andar uniformizados, com a barba feita, enquanto esse rigor não é exigido de outros servidores da Prefeitura. Em breve teremos 300 homens armados, e aí, como vai ser?”, argumenta.
No caso de Sidnei Rosa, o presidente do sindicato acrescentou, ainda, que por mais que ele tenha sido preso em flagrante, ainda lhe resta direito à defesa. “Ele vai responder criminalmente e administrativamente, mas ele ainda não pode ser exonerado por isso, tem direito à defesa”, explicou.
Sidnei pagou fiança de R$ 1 mil para ser solto, mas a quantia era maior. “A família procurou o sindicato e nós acionamos nossa assessoria jurídica, que conseguiu reduzir o valor da fiança de quatro salários mínimos (quase R$ 3,2 mil) para R$ 1 mil”.
O servidor detido em flagrante possui histórico de agressão e maus tratos a animais, além de investigações que o ligam a violação de domicílio e agressão.
Entenda o caso
O guarda municipal, Sidney Teodoro Rosa, foi preso na manhã do último domingo (27), após ser flagrado furtando doces de um quiosque montado na Cidade do Natal, nos Altos da Afonso Pena em Campo Grande. A responsável pelo local, Jaqueline Viegas, 31, relatou que chegou ao local por volta das 10h30 e encontrou o guarda municipal. “Cheguei e estava tudo revirado. Ele mexeu na geladeira, pegou os doces e negou que estivesse furtando. Ofendeu a mim e ao meu marido e só confessou o furto depois que perguntamos sobre a sacola nas mãos dele”, relata.
Segundo Jaqueline, depois de questionar o guarda municipal a respeito do fato, ele tentou reverter a situação oferecendo pagar pelos doces furtados. “Daria uns R$ 20,00, não aceitamos porque a questão não era essa. O problema é que ele furtou, negou, nos ofendeu e ainda disse que não faria mais a segurança da região. Essa decisão nem caberia a ele que é um um servidor”, ressalta.
Depois do flagrante, Jaqueline e o marido acionaram a Polícia Militar. Uma equipe do Batalhão de Choque que fazia rondas pela região efetuou o flagrante. De acordo com o soldado Pereira, o servidor municipal estava dentro do quiosque e tentou esconder a sacola com os doces “Ele tentou negar, quis pagar e depois assumiu ter furtado”, afirma. O guarda municipal foi preso em flagrante por furto e encaminhado para Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro onde o caso foi registrado.
A equipe do Jornal Midiamax tentou contato com a assessoria da GCM para saber por que o guarda é mantido na corporação, mas as ligações não foram atendidas. Assessoria da Prefeitura também foi contatada, mas até a publicação da matéria nao houve resposta.
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