Força Nacional envia policiais para aldeia onde dois foram feridos por tiros

Tiroteio pode ter começado por suposto furto de gado

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Tiroteio pode ter começado por suposto furto de gado

Na manhã de sábado (19), Elpidio Pires, de 48 anos, e Metério Morales, de 39 anos, foram encaminhados para o Hospital Municipal de Paranhos depois de serem feridos a tiros em um conflito. Os indígenas são moradores da aldeia Potreiro Guassu, localizada a aproximadamente 500 quilômetros da Capital, e vizinha da fazenda Ouro Verde.

Segundo informações do boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Polícia Civil de Paranhos, um funcionário do hospital ligou para a PM (Polícia Militar) informando sobre os indígenas, vítimas de disparo de arma de fogo. A equipe de militares foi até o local e, em conversa com testemunhas, foi informada de que, por volta das 8 horas de sábado, um funcionário foi até a aldeia para socorrer os indígenas.

Segundo o funcionário, Metério estava ferido com um tiro no braço e Elpidio, capitão da aldeia Potreiro Guassu, com um tiro na região abdominal. Metério afirma que estava capinando quando ouviu barulho de tiros e, em seguida foi atingido no braço. Ele pediu socorro para a mulher, que acionou a Funai. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa, quando há intenção.

A Polícia Militar informou que policiais da Força Nacional chegaram ao local na noite deste sábado (19). A assessoria não confirmou quantos policiais foram deslocados para a área.

Ocupação

O capataz da fazenda Ouro Verde procurou a Polícia Civil para relatar caso de abigeato, furto de gado. De acordo com ele, há aproximadamente um mês os indígenas da aldeia Potreiro Guassu ocuparam a fazenda e, nesta data, abateram dois bovinos, abandonando os animais no local.

O funcionário afirma que, assim que amanheceu, ouviu gritos e barulhos parecidos com tiros na área ocupada pelos índios. Ele ainda diz que foi até o local e constatou a morte dos dois animais. O capataz também revelou que os indígenas haviam se retirado para a aldeia.

Segundo relato do capataz, quatro seguranças foram contratados para evitar novos ataques na fazenda e cuidar dos trabalhadores, mas não fala sobre o suposto conflito. Equipes da Polícia Militar e Polícia Civil investigam o caso. 

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