Vítima relatou que suposto corretor mostrava imóveis e conhecia procedimentos da Caixa

Cerca de 15 pessoas foram vítimas de um golpe em Campo Grande. De acordo com o delegado Paulo Sá, da 7º Delegacia de Polícia Civil, esse número ainda pode aumentar. Uma das vítimas, que não quis se identificar por medo de represálias, afirmou ao Jornal Midiamax que caiu no golpe com a intenção de comprar uma casa.

De acordo com a vítima, uma colega de trabalho apresentou o suspeito que dizia ser corretor de imóveis e gerente da Caixa Econômica. “Ele falava que ia conseguir mais descontos para a gente e um financiamento mais rápido”.

A vítima relatou que o suposto corretor mostrava imóveis e conhecia os procedimentos de financiamento que a Caixa oferece. “Eu queria comprar um apartamento, ele mostrava fotos, aí quando eu gostei de um ele falou que precisa pagar R$ 500 para segurar o imóvel e não vender para outra pessoa”, ressaltou.

Ainda de acordo com a vítima, o suspeito nunca levou ninguém para conhecer as casas e apartamentos, mas que ele passava na frente e inventava uma desculpa para não entrar ou então desmarcava os encontros. “Eu encaminhei todos os meus documentos para ele. Manda até foto. Ele nunca disse que eram imóveis da EMHA (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), só falava que ia conseguir um bom financiamento e desconto, além de brindes como cozinha planejada para quem indicasse um amigo”, declarou.

A vítima relatou que mais de 20 pessoas caíram no golpe e que só começaram a desconfiar quando o suspeito começou a tratá-los de forma diferente e a não responder as dúvidas que eles tinham sobre o financiamento. “Ele começou a nos insultar e às vezes ele sumia. Fomos atrás e vimos que tudo não passava de um golpe”, lamentou.

De acordo com o delegado que cuida do caso, o suspeito já está sendo processado por estelionato em Cuiabá, capital de Mato Grosso. “Ele já aplicou esse golpe. Agora vamos analisar cada caso e qualificar, mas a maioria é estelionato. Os registros das vítimas estão aumentando com a divulgação pela imprensa”, concluiu.