apura fraude em liberação de meio milhão em projetos culturais do FIC 

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) está investigando fraudes na liberação de cerca de R$ 500 mil em projetos culturais do FIC (Fundo de Investimentos Culturais). Na manhã desta quarta-feira (4), quatro pessoas foram presas, sendo três em e uma em Ponta Porã. Na Capital, um dos detidos na investigação foi o servidor Reginaldo Pereira Peralta, que era coordenador financeiro do FIC no governo estadual anterior.

De acordo com o informado em nota pelo MPE (Ministério Público Estadual), são investigadas denuncias de que os envolvidos na liberação dos recursos eram os responsáveis pela elaboração e aprovação dos projetos culturais, recebendo propinas para isso, mediante a expedição de notas frias. O Gaeco ainda não tem o valor, em propinas, desviado dos cerca de R$ 500 mil.

Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Bodoquena, Conguinho, Aquidauana e Ivinhema. Foram expedidos cinco mandados de prisão e cumpridos quatro, sendo três em Campo Grande e um em Ponta Porã. A pessoa que não foi presa informou que vai se apresentar com advogado.

“Fantoche”

Na manhã desta quarta-feira (4), equipes o Gaeco realizaram a operação “Fantoche” na Fundação Estadual de Cultura, no prédio do Memorial da Cultura, localizado na Avenida Fernando Correa da Costa, na área central de Campo Grande. Foram apreendidas pastas com diversos documentos e computadores.

Durante a operação, o promotor do Gaeco, Marcos Alex Vera de Oliveira, informou que a prisão dos supostos envolvidos é de cinco dias, podendo ser prorrogadas. Segundo ele, a denúncia de desvio de recurso do FIC é investigada há seis meses. As fraudes teriam acontecido em 2013 e 2014.

Sindicância

O secretário estadual de Cultura, Turismo e Empreendorismo e diretor-presidente da FCMS (Fundação de Cultural de Mato Grosso do Sul), Athayde Nery, que acompanhou a ação realizada no Memorial da Cultura informou que será aberta uma sindicância para apurar a conduta do servidor de carreira, Reginaldo Pereira Peralta, que era coordenador financeiro do FIC na gestão anterior.

Ele afirma que a assinatura final para que os supostos projetos recebessem a verba era feita pelo ex-coordenador financeiro do FIC.