Em MS, professor ganhava confiança de alunas para cometer abusos em sala

Após conseguir a admiração e o respeito das alunas, ele as levava para o fundo da sala para praticar o abuso

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Após conseguir a admiração e o respeito das alunas, ele as levava para o fundo da sala para praticar o abuso

O professor de 31 anos, preso na última sexta-feira (6) por estupro de vulnerável, ganhava a confianças das alunas para depois abusar delas durante as aulas em uma escola municipal de Itaporã, a 215 quilômetros de Campo Grande. O autor ameaçava baixar as notas das meninas, de 9 e 10 anos, caso contassem sobre o abuso.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Ricardo Meirelles Bernardinelli, depois de conseguir a admiração e o respeito das alunas, o professor as levava para o fundo da sala, as colocava sentadas no colo e acariciava os seios e as partes íntimas delas.

“Dificilmente os outros alunos percebiam, pois ele levava as vítimas para o fundo da sala e costumava passar uma atividade para as outras crianças, que ficavam olhando pra frente”, relata o delegado. Ainda segundo a investigação, o autor ameaçava baixar as notas das meninas caso elas contassem sobre o que acontecia para os pais.

Conforme Ricardo, até o momento foram identificadas duas vítimas que eram abusadas constantemente e uma terceira que o professor teria tentado aliciar. “Não descartamos a possibilidade de haver outras vítimas. A delegacia está de portas abertas para os pais denunciarem novos casos”, afirma.

Investigação

As investigações começaram há um mês, quando os pais de uma das meninas foram até a delegacia e denunciaram o caso. Para Ricardo, o medo e a vergonha do abuso fizeram com que as crianças demorassem a contar o problema para a família.

Na sexta-feira (6) depois de ser novamente abusada, uma das meninas relatou o crime para a mãe que acionou a delegacia. O professor, que lecionava para o 4º e 5º anos do ensino fundamental, foi preso em flagrante no mesmo dia.

Agora, o polícia aguarda que o pedido de prisão preventiva seja aceito pela Justiça. “Devo concluir o inquérito nos próximos dias, por hora o autor permanece detido em virtude à prisão em flagrante”, conclui o delegado.